Um juiz sequioso pelo poder político não pode continuar usando a toga. Isso é incompatível com a missão jurisdicional. O Moro, que já se deixou fotografar com o Temer, trocou amenidades com Aécio, recebeu afagos do Alckmin, agora, pousa novamente com o Dória durante evento de gala em Nova Iorque, sem o mínimo comedimento que um juiz deve ter. A que ponto chegamos, triste Brasil?
Moro cada vez mais se assemelha com o Simão Bacamarte de O alienista de Machado de Assis. O psiquiatra Simão Bacamarte internou uma cidade inteira por achar que todo mundo era doido. Depois, ele mesmo se internou, porque descobriu que o anormal – na verdade – era ele mesmo.
O Moro persegue, afasta, prende, condena sem provas, com provas, age nivelando culpados com inocentes, e segue cometendo – desenfreadamente – uma série de absurdos.
Seria Moro o Simão Bacamarte de hoje?
Por Radomércio Leite
Radomécio Leite de Sousa é Administrador de Empresas, e está concluindo o curso de Direito no Unipê. Atua com Consultoria em Gestão Pública, Privada e Relações Públicas, já tendo atuado nas Empresas Coteminas Indústria Têxtil, Energisa Paraíba e Borborema, Control Engenharia, Megaton Engenharia – Companhia Energética de Pernambuco – CELPE, Control Engenharia – Eletrobrás Amazonas Energia e Engeselt Engenharia.