A pressão por uma atitude coordenada no Haiti aumentou nesta quarta-feira, 18. Após o terremoto de 7,2 graus de magnitude no último sábado, o país enfrentou ainda chuvas fortes e inundações ocasionadas pela tempestade tropical Grace. Até o momento, 1.941 pessoas morreram e mais de 9.900 estão feridas.
A ajuda estrangeira está chegando no país de maneira lenta, ao mesmo tempo que os médicos não estão conseguindo dar conta da enorme quantidade de feridos que chegam aos abrigos improvisados diariamente. Multidões enfurecidas têm se reunido nos prédios destruídos pedindo lonas para se abrigar e exigindo que mais desses abrigos possam ser criados.
Além disso, parte da fonte de renda e alimento da qual grande parcela da população pobre depende foi destruída com o tremor, potencializando os problemas dos haitianos que já convivem diariamente com a pandemia descontrolada da Covid-19, a violência de gangues e o assassinato do então presidente Jovenel Moïse, em julho.
A turbulência política, inclusive, tem sido mais um fator que atrapalha as equipes de resgate. As principais rodovias que levam a Les Cayes, cidade mais próxima do epicentro, são controladas pelas gangues locais. Apesar do cessar-fogo de uma semana anunciado pelo grupo, a situação ainda não está sob controle.
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