Os deputados federais Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG) solicitaram ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja obrigado a usar tornozeleira eletrônica e não possa se aproximar de embaixadas.
O que aconteceu
Pedido foi feito nesta terça. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, os deputados confirmaram a apresentação da solicitação ao STF. O objetivo é evitar uma possível fuga de Bolsonaro para outro país. O ex-presidente é alvo de denúncias que podem o tornar réu em breve.
Eduardo Bolsonaro “está preparando a fuga do pai”, disse Correia. A fala faz referência à decisão anunciada hoje pelo filho do ex-presidente, de se licenciar do mandato de deputado federal e ficar nos EUA, onde está há quase 20 dias — alegando que o Brasil vive “um regime de exceção”, o que é falso.
“Dia 25, Bolsonaro vira réu”, afirmou Correia. Nesta data, o STF deve começar a decidir se aceita ou não a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Bolsonaro e outros apoiadores por tentativa de golpe.
Eduardo anunciou decisão nesta tarde
Deputado disse que continuará nos EUA para buscar punições contra Alexandre de Moraes, do STF. Declaração foi dada a uma semana de o Supremo Tribunal Federal julgar se torna réu o pai do deputado, o ex-presidente Jair Bolsonaro, sob a acusação de tentativa de golpe de Estado.
Eduardo fez consulta ao governo Trump antes de anunciar licenciamento. O UOL apurou nos EUA que, antes de tomar a decisão, Eduardo Bolsonaro consultou tanto o governo de Donald Trump como sua base aliada no Congresso americano.
Do lado do governo brasileiro, a atitude foi recebida como alerta de que algo mais enfático por parte dos EUA possa estar sendo trabalhado contra as instituições nacionais. Seja na forma de leis ou mesmo numa atuação para tentar desestabilizar o processo eleitoral de 2026.
Deputado afirmou que, a partir dos EUA, vai buscar anistia aos crimes do 8 de Janeiro. Disse ainda que vai articular internacionalmente por “eleições limpas” e com participação da oposição em 2026, embora o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não tenha emitido nenhuma ordem de veto a candidatos contrários ao atual governo.
Uol