O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba julgará, na próxima semana, o Recurso dos Suplentes de Vereador Valter Trigueiro e Simão Pedro, filiados ao Progressistas, que pedem a cassação dos mandatos dos vereadores Virginio Ribeiro, Gino do Tempero, Téa do Abacaxi e Sarita, todos eleitos pelo partido Cidadania nas últimas eleições municipais realizadas em 2020.
Os suplentes argumentam que as candidaturas de Denir de Regina (Aldeni Braz) e de Miriam de Pedro (Miriam Ribeiro) se trataram de candidaturas laranjas (ou fictícias) e que ambas adentraram na disputa para fraudar a cota de gênero.
O partido de oposição (Progressistas), que elegeu 5 das 9 vagas disputadas no pleito de 2020, comemorou bastante a marcação do julgamento, uma vez que dão como certa a cassação dos mandatos de toda a chapa do Cidadania.
Valter Papel e Simão Regis não veem a hora de assumirem a titularidade dos mandatos juntos com outros dois candidatos derrotados nas urnas, o Sr. Jonas do Conselho Tutelar e a Sra. Martha Enfermeira.
A suplente Martha Enfermeira somente poderá ingressar em virtude do falecimento do ex-vereador Popinha de Leonidio, que era o primeiro suplente do Progressista de Pedro Régis-PB.
A cidade vive um clima de grande expectativa para o julgamento que ocorrerá no TRE-PB, pois a Procuradoria Regional opinou pela reforma da sentença do Dr. Eduardo Barros, que comanda a 60ª Zona Eleitoral e que entendeu que as acusações eram improcedentes em sentença dada ano passado.
O destino político do importante município do Vale do Mamanguape está nas mãos dos desembargadores e desembargadoras eleitorais do TRE-PB, que já cassaram diversos vereadores em muitos outros casos no Estado.
A espera está ainda maior porque nos bastidores corre a notícia de que como a oposição ocupará 100% das cadeiras da Casa Severino Lourenço da Silva a próxima cassação de mandato será o da Prefeita Michele Ribeiro.
A Câmara de Pedro Regis poderá ter vereadores de apenas um único partido.
Isso mesmo! Atualmente, a Prefeita Michele conta com 6 dos 9 vereadores na base do governo, mas se a chapa do Cidadania for cassada, ela terá bastante dificuldade pois todos os vereadores pertencerão ao partido oposicionista que buscará de imediato criar um motivo para a cassar o mandato da Alcaide, ou até inviabilizar a sua gestão em pleno ano eleitoral.
Existe algo muito maior em jogo nesse processo de candidaturas laranjas da cidade de Pedro Regis. A própria estabilidade política e administrativa municipal está em perigo.
Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.