Além do temor com a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Jair Bolsonaro, outro fantasma passou assombrar o núcleo bolsonarista mais próximo do ex-presidente, incluindo uma parte da cúpula do PL.
Trata-se da análise pela Polícia Federal dos telefones celulares do advogado Frederick Wassef, que defendeu o clã Bolsonaro em algumas ações, e o do general da reserva Lorena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid.
Os dois são investigados no caso das joias – ou presentes diplomáticos recebidos por Jair Bolsonaro de delegações estrangeiras ainda como presidente da República. Esses itens deveriam ficar sob a tutela do Estado e não serem negociados, aponta o inquérito.
A análise dos aparelhos dos dois auxiliares do ex-presidente começou nesta semana. O mesmo acontece com as informações que são resultado das quebras dos sigilos bancário e fiscal do próprio líder da extrema direita.
Como antecipado pela coluna, essa parte da investigação leva preocupação ao QG bolsonarista. O temor é que possa ferir a imagem de Bolsonaro, que sempre tentou passar a aparência de um “homem simples e do povo” (entenda aqui).
Pois bem, com a apreensão dos telefones de Wassef e Lorena Cid a aflição bolsonarista é outra. A de que os celulares contenham informações que possam agravar ainda mais a situação jurídica do ex-presidente.
Foi dessa mesma forma – com a análise dos dados de Mauro Cid no caso da falsificação dos cartões de vacinas – que Bolsonaro viu as investigações sobre as joias e a tramas antidemocráticas para golpes de Estado piorarem.
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