O ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT-CE), embolsou R$ 383.553,72 ao longo de 2024 como vice-presidente nacional do partido que está prestes a desembarcar. O salário bruto mensal dele alcançava R$ 31.962,81, de acordo com recibo de pagamento obtido pela coluna.
Ciro Gomes é altamente cotado para retornar ao PSDB, ao qual foi filiado de 1990 a 1997. Como mostrou a coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, o futuro tucano quer concorrer a governador do Ceará, posto que ocupou pela sigla de 1991 a 1994.
O PSDB, por sua vez, tem perdido forças no cenário político desde a corrida para as eleições de 2022, quando viu o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, migrar para o PSB. Outros nomes de peso que deixaram a sigla foram o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), o ex-ministro Aloysio Nunes e o ex-governador de São Paulo João Doria.
O Ceará é o reduto eleitoral dos Ferreira Gomes. Pelo estado, o ex-ministro também se elegeu deputado federal (2007-2011) e estadual (1985-1989), além de chefiar a Secretaria estadual de Saúde (SES-CE) de 2013 a 2014, durante o governo do irmão, o senador e ex-ministro Cid Gomes (PDT-CE).
No PDT desde 2015, Ciro Gomes disputou a Presidência da República quatro vezes: em 1998, em 2010, em 2018 e em 2022. Perdeu em todas. Antes aliado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem foi ministro da Integração Nacional no primeiro mandato, tem se colocado como adversário ao PT nos últimos anos, assim como uma alternativa à legenda.
Metrópoles