O PT (Partido dos Trabalhadores) tem articulado com partidos aliados a criação de uma grande federação da centro-esquerda. As discussões ainda são iniciais, mas articuladores têm apresentado a proposta em reuniões que o Palácio do Planalto tem feito com as bancadas da Câmara dos Deputados.
A proposta é unir PT, PCdoB, PV, PSOL, Rede, PSB e PDT. Os três primeiros partidos compuseram uma federação em 2022, que precisaria ser renovada a partir das próximas eleições, já que o “casamento” dura apenas por quatro anos, de acordo com a regra eleitoral.
O mesmo aconteceu com PSOL e Rede. Já PSB e PDT não se federaram com nenhuma outra sigla, e é justamente nesses dois partidos que os maiores entraves são esperados. Reservadamente, representantes das duas siglas ouvidos pela CNN disseram que a proposta não foi bem recebida — vista como “inexequível” e “quase impossível”, respectivamente.
A ideia defendida por alguns petistas é criar um grupo fortalecido para fazer frente contra as federações planejadas por partidos mais atrelados ao campo do centro e da direita.
Mas, mesmo dentro do PT, há o reconhecimento de que a ideia é complexa, diante de partidos que têm, cada um, suas vaidades e que, hoje, não produzem um alinhamento do campo político da esquerda. Há uma expectativa, no entanto, de que no ano que vem as conversas possam evoluir, diante da necessidade que se avizinha.
A Federação União Progressista (UP), por exemplo, responderá por cerca de 20% do Congresso Nacional, com 109 deputados e 14 senadores, a partir da aliança firmada entre o União Brasil e o PP. O MDB, por sua vez, discute uma federação com Republicanos e PSDB.
CNN