O presidente do Tribunal de Contas da União, paraibano Vital do Rêgo Filho, conhecido nacionalmente como Vitalzinho, fez um discurso forte e carregado de emoção ao participar de uma ação do Correio Braziliense dentro da campanha Novembro Azul. Médico por formação, ex-deputado estadual, ex-deputado federal e ex-senador, Vitalzinho usou sua trajetória pessoal para reforçar a importância do cuidado com a saúde masculina e da quebra de tabus em torno do câncer de próstata.
Ao compartilhar sua experiência, Vitalzinho citou o caso de seu pai, o saudoso Vital do Rêgo, figura respeitada na política paraibana e reconhecido por sua inteligência e capacidade intelectual. Ele lembrou que o pai morreu aos 72 anos por falta de informação e por medo de enfrentar um problema que poderia ter sido tratado.
“Eu perdi meu pai aos 72 anos, fruto de uma desinformação, fruto de um tabu, fruto de falta de o mínimo de cuidado, de cuidado em si. Por que que você simplesmente dá as costas a uma hiperplasia, quando ao urinar você urina sequenciadamente, quando ao urinar você vê sangue, quando ao urinar você tem dor. São os sintomas mais comuns do câncer. Eu gostaria desse testemunho”, disse.
Vitalzinho ressaltou que fala não apenas como médico, mas como filho. “Um testemunho de um filho que perdeu o pai por desinformação, por tabu, por medo, por falta de coragem de enfrentar algo que pode ser muito bem tratado. Noventa por cento dos cânceres de próstata são viáveis, são tratáveis. Por isso que eu digo, você com 2 minutos faz um exame e vai lhe poupar, vai lhe dar décadas de vida.”
O presidente do TCU destacou ainda a relevância do trabalho do Correio Braziliense ao ampliar a discussão sobre saúde masculina. “O trabalho que o Correio Braziliense está fazendo nesse Novembro Azul é um chamamento. É um chamamento à nossa responsabilidade. É obrigação nossa difundir essa informação. Porque o Novembro Azul não pode ficar só no mês de novembro.”
Vitalzinho afirmou ter ficado “muito feliz” em participar da ação e revelou que a experiência reacendeu nele a vocação médica. “Me deu uma sensação boa danada, porque eu voltei a ser médico e voltei a dar informações a vocês de medicina, que, repito, é algo apaixonante para mim. Muito obrigado a todos.”
O exemplo de Vitalzinho reforça a urgência de quebrar tabus, ampliar o acesso à informação e incentivar que os homens busquem cuidados preventivos. Um alerta ainda mais presente para tantas famílias brasileiras que convivem com o câncer de próstata, muitas vezes marcado pelo silêncio, pelo medo e pela desinformação.
Por: Napoleão Soares







