O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), teve uma parada cardiorrespiratória na noite desta terça-feira e precisou ser reanimado. Reeleito em outubro passado, ele está internado há mais de 80 dias após um grave quadro respiratório apresentado dois dias depois de tomar posse, em janeiro deste ano. O boletim médico divulgado na manhã desta quarta-feira afirma que a situação dele é “bastante grave”.
e acordo com o comunicado, o prefeito apresentou a parada cardiorrespiratória por volta das 22h de ontem e foi socorrido pela equipe médica. O quadro dele, em seguida, evoluiu para um “choque cardiogênico, necessitando de doses elevadas de drogas vasoativas e inotrópicas”. O informe também diz que o prefeito está com “a respiração controlada por aparelhos, mantendo pressão com medicamentos e cursando com insuficiência renal após a parada cardiorrespiratória”.
Antes do ocorrido, interlocutores ouvidos pelo GLOBO afirmavam que não havia previsão para a alta hospitalar ou o retorno de Fuad à prefeitura. Inicialmente, esperava-se que ele retomasse suas atividades logo após o carnaval, mas uma intercorrência prolongou sua internação. Ele foi submetido a uma traqueostomia e estava em recuperação para retomar a respiração natural, a fala e a mobilidade antes de reassumir suas funções. Na semana passada, a licença médica de Fuad foi estendida pela sexta vez.
Com a ausência dele, a administração municipal tem sido conduzida pelo vice-prefeito, Álvaro Damião (União Brasil), cuja atuação tem causado desconforto nos bastidores políticos.
A situação não é inédita na capital mineira. Entre o final de 2001 e 2004, Belo Horizonte ficou por três anos sob o comando do vice-prefeito Fernando Pimentel (PT), após um AVC sofrido pelo então prefeito Célio de Castro. Ele morreu em 2008, mas não retornou ao posto depois das complicações em sua saúde.
O Globo