O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta terça-feira, 8, com mais cinco líderes internacionais, caminhando para cumprir sua promessa de cultivar relações cordiais e o multilateralismo.
Entre representantes da América do Sul e Central, o petista falou com a vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, com o presidente do Peru, Pedro Castillo, e o presidente da Costa Rica, Rodrigo Chaves. Já entre os europeus, Lula conversou com o ministro-presidente da Holanda, Mark Rute, e o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell.
Em publicação no Twitter, Lula afirmou que as conversas tiveram como base “os desafios do Brasil e do mundo na questão climática”, e que reafirmou ” o compromisso com um Brasil em busca da justiça social e do combate à pobreza.
Hoje pela manhã conversei por telefone com @PedroCastilloTe, @CFKArgentina, @RodrigoChavesR, @Minpres e @JosepBorrellF. Falamos sobre os desafios do Brasil e do mundo na questão climática e reafirmei o compromisso com um Brasil em busca da justiça social e do combate à pobreza.
— Lula (@LulaOficial) November 8, 2022
Só no primeiro dia após o segundo turno, Lula conversou com mais de uma dúzia de presidentes e premiês, de diferentes continentes e espectros políticos, como o americano Joe Biden, o francês Emmanuel Macron e até o cubano Miguel Díaz-Canel.
Presencialmente, o petista recebeu em São Paulo, na segunda-feira 31, o presidente argentino, Alberto Fernández, para um almoço. O argentino manifestou “profunda alegria” pela vitória do líder do Partido dos Trabalhadores, uma vez que ajudará a “reunir o continente”.
Em seu primeiro discurso após ser eleito, em 30 de outubro, Lula afirmou que o “Brasil é grande demais para ser relegado ao triste papel de pária no mundo“, e disse ter saudade de um país “soberano que falava de igual para igual com os países mais ricos e soberanos e ao mesmo tempo contribuía para o desenvolvimento dos mais pobres”.
A fala do petista faz referência ao isolamento vivido durante o governo de Jair Bolsonaro, que adotou uma política externa baseada em alianças ideológicas, sobretudo com o então presidente americano Donald Trump.
Durante campanha, Lula já havia afirmado que faria um giro internacional antes mesmo de assumir para cultivar relações cordiais com outros líderes. A estratégia foi usada também na primeira vez em que foi eleito à Presidência, há 20 anos.
A primeira parada do presidente eleito será a Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, a COP27, no Egito. À convite do presidente egípcio, Fatah al-Sissi, ele participará do evento entre os dias 14 e 18 de novembro com o objetivo de recolocar o Brasil nos debates sobre o clima, à medida que ambientalistas criticam as políticas ambientais adotadas ao longo dos quatro anos de governo de Bolsonaro.
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