Quais serão os motores da nova Volkswagen Amarok, que está confirmada para 2027? O CEO da montadora para América do Sul, Alexander Seitz, deu algumas dicas sobre isso em conversa com esta colunista na fábrica de General Pacheco, na Argentina – onde é feita a geração atual e também será produzida a próxima.
Mas que tipo de sistema híbrido terá a nova Amarok? A plataforma na qual será construída permite todo tipo de solução, incluindo plug-in (recarregável na tomada) e 100% elétrica. Mas, para o Brasil, poderia fazer sentido uma versão híbrida flex HEV, em que a bateria é recarregada por meio de energia gerada nos processos de desaceleração e frenagem.
Nova plataforma
Na Europa, a Amarok usa plataforma da Ranger. Na América do Sul, chegará à sua segunda geração utilizando base de uma picape SAIC. A marca é a parceira da Volkswagen na China e, inicialmente, o plano era usar a arquitetura da Maxus T90.
Porém, de acordo com a revista Autoesporte, a base será outra. A nova Amarok terá plataforma da Maxus Terron, que é mais nova, moderna e deixará o modelo maior do que a média do segmento de picapes médias.
De acordo com a Autoesporte, a plataforma da T90, que é de 2016, acabou sendo considerada ultrapassada para a nova Amarok. A da Terron é capaz de atender com mais eficiência padrões de segurança, tecnologia e conectividade, também conforme a revista.
A Terron usa carroceria sobre chassi, mas não da maneira convencional. É um sistema chamado de semi-monobloco, que traz algumas vantagens desse tipo de construção típica de carros de passeio associadas à robustez dos utilitários. Entre os destaques, há a integração da cabine com a caçamba.
Amarok sul-americana
Se seguir as dimensões da Maxus Terron, a Amarok ficará acima da média do segmento. A picape chinesa tem 5,50 metros de comprimento. Para comparação, a Ranger tem 5,35 m, assim como a atual geração da picape da VW (a partir da linha 2025, pois antes disso ela tinha 5,25 m).
De volta à Maxus Terron, são 3,30 metros de entre-eixos, 2 m de largura e 1,86 m de largura. Mas, apesar de a nova Amarok usar a base da SAIC e ter dimensões superiores, o modelo não será uma versão do produto chinês.
O design está pronto, e terá uma identidade própria, totalmente conectada à linguagem visual da Volkswagen. O desenho foi preparado pelo time da América Latina, liderado por José Carlos Pavone.
De acordo com Seitz, novas tecnologias estão sendo desenvolvidas especialmente para a Amarok, com a adaptação necessária às condições da América Latina. Aliás, a nova Amarok terá diversas coisas que a atual fica devendo (por causa das dificuldades de adaptação à plataforma antiga).
Entre elas, há a chave presencial e o painel de instrumentos digital, além de multimídia mais moderno e conectado. Sistemas ADAS de assistência à condução também estão previstos.
Para produzir a nova Amarok, a fábrica de General Pacheco está recebendo investimento de US$ 580 milhões (cerca de R$ 3,3 bilhões). O Taos continuará sendo feito nessa planta até o fim do ano. Depois disso, ela se dedicará exclusivamente à picape.
Uol