O vereador Mikika Leitão (Republicanos) afirmou na última terça-feira suspeitas de irregularidades no fornecimento e na venda de combustíveis em postos da capital, denunciando mistura indevida de etanol e variação na metragem abastecida. Ele anunciou a apresentação de um projeto de lei para reforçar a fiscalização e tornar obrigatória a emissão de cupom fiscal nos estabelecimentos.
“Porque o combustível ele tem 30% do etanol, mas estão botando 70. Tem posto de gasolina que você manda botar 20 L com um um e sai 23 na bomba. Quer dizer, tudo isso aí tá levando a crer que nego vai pagar a conta aí. Porque é crime, você tá assaltando o consumidor.” disse o vereador Mikika Leitão (Republicanos).
Em seu discurso, Mikika chamou atenção para o impacto da prática sobre motociclistas e profissionais que dependem da moto para trabalhar — como mototaxistas e moto-ubers — além do risco de danos a motores de veículos. Segundo ele, a mistura incorreta e a falta de controle representam lucro indevido para alguns estabelecimentos e prejuízo ao consumidor.
“Você veja quantos motoqueiros não existe aqui, motociclista, moto-uber, mototaxi, é, pagando, é, botando combustível vem na sua moto, né? Combustível que acaba com motor do carro, carro usado, carro novo. Então a gente tem que acabar com isso aí. Tem que trabalhar direitinho, já dá um lucro bom de 20% para que ele tá misturando.” disse Mikika Leitão (Republicanos).
O vereador também mencionou a possibilidade de combustíveis já chegarem misturados no transporte, inclusive por vias marítimas, o que, para ele, reforça a necessidade de rastreabilidade e fiscalização mais rígida do setor. “Às vezes vem até misturado do do meio do caminho, porque às vezes vem de carro, às vezes vem por pelo mar, né? E ninguém sabe como é que já chega misturado. Então alguém tem que pagar o preço.” concluiu Mikika.
Além do projeto de lei que exigiria a emissão obrigatória de cupom fiscal, Mikika prometeu requerer medidas administrativas e providências das autoridades competentes para coibir práticas irregulares e proteger os consumidores. A proposta, segundo o vereador, busca também garantir transparência nas notas fiscais de entrada e saída do produto e ampliar a fiscalização nos postos.
Por: Napoleão Soares