O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou a seus aliados que pretende retomar as negociações sobre uma reforma ministerial, com a inclusão dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil–AP), nas discussões. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a imprensa nacional, tanto Motta quanto Alcolumbre já foram avisados de que serão convocados para encontros com o presidente, e as tratativas com os partidos podem se estender para a próxima semana. Além disso, o presidente do Senado Federal acompanhará Lula em uma viagem ao Amapá, programada para quinta-feira (13), a convite do petista.
No plano de Lula, as primeiras mudanças ministeriais deverão ocorrer nas pastas orientadas por petistas ou ministros considerados de sua cota pessoal.
Entre os ministros passíveis de mudança está Nísia Trindade, da Saúde. Para substituí-la, dois nomes são cogitados: o atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e Arthur Chioro, presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Chioro, ex-ministro da Saúde durante o governo Dilma, foi uma das opções durante a formação do governo, em 2022, quando liderou o grupo de trabalho da transição na área da saúde.
Além disso, o cenário atual também envolve uma tensão em torno da situação do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. A fragilidade de sua posição à frente da pasta, responsável pelo Bolsa Família, foi percebida por diversos interlocutores. A situação piorou na semana passada, quando Dias contrariou o governo ao mencionar publicamente a possibilidade de reajuste do valor do Bolsa Família.
Fonte 83