O Brasil vive tempos de polarização extrema, onde o debate político frequentemente se transforma em embates acalorados que afastam lideranças e, pior, prejudicam a população. Nesse cenário, o recente encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante um evento em Santos, marca um raro e louvável episódio de civilidade e cooperação. O gesto de aproximação entre dois líderes de espectros políticos opostos simboliza uma nova forma de fazer política, focada na construção e no bem-estar da sociedade.
O presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos), soube traduzir com precisão o significado histórico desse momento. Em suas palavras, destacou a “segunda obra” que nasceu desse encontro, uma obra sem valor financeiro, mas de grande peso simbólico para o Brasil: a capacidade política de colocar lado a lado o governador do principal estado do país e o presidente da República, deixando as divergências de lado em prol do avanço nacional. Para Motta, esse episódio representa o verdadeiro anseio da maioria dos brasileiros, que já estão exaustos de conflitos e radicalismos estéreis.
A fala de Hugo Motta reflete um sentimento latente na população: a necessidade de construir pontes em vez de erguer muros. Quando políticos de diferentes orientações ideológicas decidem cooperar, independentemente das pressões partidárias e dos setores mais extremistas de suas bases, quem realmente ganha é o país. Esse espírito público, tão bem descrito por Motta, deve ser incentivado e replicado em todos os níveis da gestão pública.
O evento em Santos foi um ato civilizatório, como bem pontuou o próprio presidente Lula. Em um país que enfrenta desafios estruturais imensos, é fundamental que governantes priorizem o diálogo e a gestão eficiente, em vez de se perderem em disputas eleitorais antecipadas. Como bem ressaltou Tarcísio de Freitas, este é o momento de pensar no futuro, colocando as diferenças de lado para que se possa atender à população da melhor forma possível.
A postura de Hugo Motta, ao valorizar essa aproximação entre Lula e Tarcísio, demonstra sua maturidade política e compromisso com um Brasil menos conflituoso e mais produtivo. Que esse encontro histórico seja um marco na política nacional e que possamos ver cada vez mais gestos de união em prol do desenvolvimento do país.
Por: Napoleão Soares
