A estreia do curta-metragem Habeas Pinho, que homenageia o poeta e ex-governador Ronaldo Cunha Lima, reuniu familiares, amigos e admiradores na noite desta terça-feira (19), no Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa. Durante o evento, o ex-senador Cássio Cunha Lima, filho do homenageado, emocionou o público ao recordar o perfil humano e popular do pai.

“Meu pai era um líder popular, um homem de multidões, mas ele tinha a capacidade de se relacionar individualmente com as pessoas. Um por um, quem conviveu de fato com meu pai, ele tocou de forma muito pessoal, de forma muito personalíssima”, declarou Cássio.
O ex-senador ressaltou que Ronaldo cultivava amizades tanto entre figuras da elite política quanto entre pessoas simples. Como exemplo, citou João Preto, pescador de Cabaceiras, que se tornou um dos amigos mais próximos do ex-governador. “Ele não ia a Cabaceiras sem que fosse na casa de João Preto. E ele fazia isso em várias cidades. Em cada lugar da Paraíba que construiu uma amizade, meu pai passava na casa daquelas pessoas, mesmo quando era governador ou senador”, relembrou.
Cássio também destacou a relação do pai com Cabaceiras e São Domingos, municípios paraibanos que marcaram a trajetória pessoal e política de Ronaldo Cunha Lima. Entre as obras executadas durante seu mandato, apontou a ponte de Cabaceiras como uma das que mais encheram de orgulho o ex-governador. “Na juventude, quando o rio enchia, ele ficava isolado em Cabaceiras. E logo no início do mandato como governador, conseguiu fazer a ponte. Era uma obra da qual ele tinha um orgulho enorme, talvez um dos maiores entre tantas que realizou”, afirmou.
O filme Habeas Pinho resgata a história e a poesia de Ronaldo Cunha Lima, destacando sua vida pública e pessoal. Para Cássio, o registro audiovisual é também um reencontro com a memória afetiva de um homem que, além de gestor, manteve o olhar sensível de poeta. “Ele tinha essa postura humanística, esse olhar para a vida de um poeta, de um gestor competente, mas sobretudo com a capacidade de tocar o coração das pessoas. É muito bom viver tudo isso”, concluiu.
Por: Napoleão Soares