O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou nesta quarta-feira a aprovação, pelo Senado, do projeto que eleva para R$ 5 mil mensais a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR). O projeto segue para sanção do presidente Lula.
Haddad agradeceu ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e ao relator, Renan Calheiros (MDB-AL).
— Um dia muito importante para o Brasil. Queria agradecer ao presidente Davi Alcolumbre, ao senador Renan Calheiros. Foi, realmente, um dia muito importante para o país voltar os olhos para a questão da desigualdade — disse Haddad.
Haddad disse que, com o projeto, em alguns casos, o alívio no IR pode significar quase um 14º salário, a partir de janeiro. Ele citou, a maioria das famílias que ficará isenta do imposto de renda, que ganha ganha até R$ 5 mil por mês e para quem ganha até 7,3 mil.
— E uma outra coisa muito importante é que é um imposto neutro, um projeto neutro do ponto de vista fiscal — disse, lembrando que a redução do imposto será compensada com o IR mínimo de 10% sobre rendas acima de R$ 1,2 milhão por ano, um universo de 141 mil brasileiros.
— Isso aponta para mais justiça tributária — destacou o ministro.
Para Haddad, o aumento da isenção do IR também vai ter impacto na economia como um todo. Um dos impactos, diz, é que redução do endividamento, da inadimplência e aumento do poder de compra do salário.
— Vai fazer com que as pessoas planejem uma produção maior para o próximo ciclo de crescimento, que os empresários possam ter um mercado consumidor mais robusto no Brasil, como é prática internacional. Então, por tudo isso, é bom para muita gente que vai sentir do bolso, no final de janeiro, recebendo salário.
O ministro disse que a Fazenda concorda integralmente com o texto aprovado e que não haverá recomendação de veto por parte da pasta. Haddad deu as declarações no prédio da Fazenda e estava acompanhando por seus secretários, que o parabenizaram.
Ele foi indagado sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que manteve os juros em 15% ao ano, mas evitou fazer comentários.
O Globo







