Uma decisão comunicada pelo Exército num grupo de WhatsApp pegou gestores públicos de vários municípios paraibanos de surpresa. A postagem informou sobre a suspensão da Operação Carro-Pipa envolvendo pessoas físicas, ou seja, a maior parte dos pipeiros que atuam nas cidades que sofrem com a estiagem, alegando falta de recursos, segundo a mensagem.
Só na Paraíba, são 159 municípios atendidos por 674 carros-pipa, que suprem a falta de água para uma população de mais de 272 mil habitantes, de acordo com os dados mais atualizados do Exército. É o caso de Puxinanã, na região de Campina Grande, que conta com os serviços de cinco pipeiros cadastrados pelo Exército, todos pessoas físicas.
“No dia 18 de novembro veio o comunicado enviado no grupo dos coordenadores da Operação Carro-Pipa no WhatsApp, por parte do do 31º Batalhão de Infantaria Motorizado, responsável pela distribuição de água, informando a suspensão a partir do dia 16 de novembro por falta de recursos”, disse o coordenado Municipal de Defesa Civil, Marinaldo Menezes.
Segundo o coordenador, a água que chega ao município serve para abastecer 48 pontos de distribuição (cisternas) e matar a sede de cerca de 3 mil pessoas que vivem na zona rural. “Todos os municípios foram pegos de surpresa. Nós temos água de Boqueirão na cidade. Mas 70% da população reside na zona rural. Os pipeiros que abastecem no nosso município são pessoas físicas, ou seja, a operação no nosso município não vai mais acontecer”, lamentou.
Além de levar água para as residências, os pipeiros também abastecem escolas das áreas mais afastadas e não há informação sobre prazo para retorno à normalidade. “O Exército não informou nenhum prazo e o município vai se reunir para debater uma solução”, assegurou Marinaldo Menezes. Nas redes sociais da Prefeitura, o comunicado já é repassado à população.
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