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Home Brasil

Em 2023, brasileiros querem mais emprego, mais educação e menos polarização

Saiba o que esperam 12 brasileiros de diferentes perfis - trabalhadores, consumidores e empresários - para o próximo ano

Napoleão Soares Por Napoleão Soares
31/12/2022
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Em 2023, brasileiros querem mais emprego, mais educação e menos polarização

O entregador que pedala 12 horas por dia quer juntar dinheiro para tirar carteira de habilitação, sair da bicicleta e ser motorista de aplicativo. O empresário de commodities espera ver o país retomando seu protagonismo global como potência ambiental, enquanto a empreendedora cobra do governo crédito e ferramentas para estimular os pequenos negócios.

Para a engenheira de classe média e o executivo de uma grande rede de varejo, os impostos no Brasil são um problema. Já o vendedor do comércio popular no Rio só não quer mais levar sustos na hora de ir às compras no supermercado, enquanto o executivo do mercado financeiro pede um ajuste nas contas públicas do governo.

Os brasileiros que fazem a economia girar veem 2023 com um misto de esperança por mais renda e emprego e apreensão com a alta da inflação e o esgarçamento das relações pessoais em um país ainda muito polarizado. Em comum, a expectativa de que, neste primeiro ano de um novo governo, o Brasil consiga reencontrar o caminho da prosperidade.

A educação aparece como preocupação compartilhada entre brasileiros de diferentes estratos sociais. Para os trabalhadores, a falta de qualificação é um entrave à ascensão social em um país que, no último ano, só gerou empregos de baixa remuneração. Para os empresários, a dificuldade é recrutar funcionários capacitados.

E, para além da economia, trabalhadores, consumidores e empresários comungam do anseio por melhorias na saúde e na segurança pública no país. Leia, a seguir, o que esperam 12 brasileiros de diferentes perfis para 2023.

Que o Brasil assuma protagonismo global como potência verde
— Luis Henrique Guimarães, CEO da Cosan
Luis Henrique Guimarães, CEO da Cosan — Foto: DivulgaçãoLuis Henrique Guimarães, CEO da Cosan — Foto: Divulgação

Luis Henrique Guimarães, CEO da Cosan, gigante que controla negócios na área de logística ferroviária, distribuição de combustível, lubrificantes, etanol, açúcar e energia, espera, que 2023 “seja um ano de estabilidade, em que a segurança jurídica e a previsibilidade política e econômica sejam pilares que garantam segurança para investimentos.”

Para ele, o Brasil deve priorizar seu potencial ambiental:

— Desejo que o Brasil assuma o seu protagonismo global de ser uma potência verde. Nosso país reúne vantagens competitivas e comparativas fundamentais, que se encaixam perfeitamente nas necessidades globais.

Guimarães ressalta a urgência de organizar as contas públicas:

— São muitos os desafios do novo governo, mas creio que é preciso ter um olhar especial para o equilíbrio fiscal. O governo terá que se esforçar para implementar medidas de controle que possam compensar possíveis novas despesas, construindo, assim, um ambiente propício à geração de negócios e criação de empregos — afirma.

Embora ressalte que “ainda é um pouco prematuro falar em expectativas”, Guimarães destaca que “o discurso oficial do novo governo acenou com bastante força para a área ambiental.”

Quero uma coisa melhor para não depender dos outros
— Germano Nagaro, vendedor
Germano Nagaro, 29 anos, entregador de aplicaivo há três meses — Foto: Rebecca Maria/Agência O GloboGermano Nagaro, 29 anos, entregador de aplicaivo há três meses — Foto: Rebecca Maria/Agência O Globo

O sonho de ascensão social que o entregador de comida Germano Nagari, de 29 anos, gostaria de realizar em 2023 é virar motorista de aplicativo ou motoboy. Com apenas a primeira série do ensino fundamental, não consegue emprego formal há mais de cinco anos.

Faça chuva, faça sol, pedala cerca de 12 horas por dia, de segunda a segunda. Não há descanso. Aos fins de semana, o aplicativo que usa para conseguir renda faz promoções de ganho extra e não dá para desperdiçar. No melhor cenário, consegue tirar R$ 700 por semana.

Uma parte dessa quantia tem usado para pagar pela sua habilitação de motorista. A rotina dura, porém, não esmorece os planos de um futuro melhor. Voltar a estudar no ano que vem e comprar um carro ou moto são os objetivos mais imediatos. A longo prazo, deseja sair da casa da mãe, com quem mora em Madureira, e conseguir uma vaga de carteira assinada.

— Quero concluir os estudos e tentar coisa melhor para que, caso eu sofra um acidente, não dependa dos outros. Hoje não tenho a segurança de ficar encostado pelo INSS se algo acontecer.

Para o país, deseja que o desemprego diminua e que os políticos priorizem a educação, para que outros jovens tenham acesso a oportunidades que ele não teve.

É preciso educação empreendedora e ampliar o acesso ao crédito
— Adriana Barbosa, CEO da PretaHub
Adriana Barbosa, Ceo do PretaHub — Foto: Agência O GloboAdriana Barbosa, Ceo do PretaHub — Foto: Agência O Globo

À frente do PretaHub e do Instituto Feira Preta, Adriana Barbosa tem atuação reconhecida no impulso a novos negócios. Para ela, em 2023 é preciso voltar as atenções para o microempreendedor individual (MEI).

— O MEI tem de ser revisitado. Há qualificações, sobretudo na cultura, na economia criativa, que ele não reflete. Falta um quesito de cor dentro do MEI. A plataforma deveria ter dados precisos, a serem usados na construção de políticas voltadas para impulsionar o empreendedorismo — destaca ela.

As micro e pequenas empresas respondem por 30% do PIB do país e 44% da massa salarial, segundo dados do Sebrae. Adriana alerta, porém, que é preciso atuar em quatro frentes para ajudar quem é MEI a quebrar o “teto de vidro” do microempreendedorismo e avançar com seu negócio:

— Faltam dados para planejar o que fazer, entender se os MEI são mulheres, negras, e atuar com foco. Apesar do MEI, há cada vez mais informais, então é preciso investir em educação empreendedora. Outra coisa é ampliar acesso a crédito, porque ele não está chegando na ponta, nas periferias. Tecnologia é outra demanda, já que a transformação digital não foi para todos. Por fim, dar acesso a máquinas e equipamentos.
Um ponto de atenção para o próximo governo é pacificar as cidades
— Monica Armada
A enfermeira e servidora pública Monica Armada, de 53 anos — Foto: DivulgaçãoA enfermeira e servidora pública Monica Armada, de 53 anos — Foto: Divulgação

Uma sociedade mais justa e igualitária é o sonho da enfermeira e servidora pública Monica Armada, de 53 anos. Para ela, a vida da população como um todo irá melhorar com mais emprego e maior renda no ano que vem. Por isso, avalia como acertada a decisão de ampliar os gastos públicos para garantir benefícios sociais. Em sua visão, a liberação de recursos pode estimular a economia, promovendo a abertura de vagas.

A empatia, necessária em seu ofício de enfermeira, faz com que ela saiba o quão urgente é combater a fome no Brasil, agravada pela pandemia. Ela diz ainda que garantir moradia digna a qualquer cidadão também é vital:

— A população de rua aumentou muito nos últimos anos. Essa é uma questão grave.

Monica também se preocupa com a segurança pública. Além da violência decorrente da polarização política, reclama do alto índice de mortalidade de policiais no Rio de Janeiro e das vítimas das operações em periferias.

— A gente viu o que aconteceu em Brasília com aquela bomba no aeroporto. É um ponto de atenção para o próximo governo. É preciso pacificar as cidades. Outra coisa é que temos a polícia que mais mata e que mais morre. É preciso mais treinamento .

Quanto mais pudermos ser plurais, mais vamos avançar
— Rodrigo Osmo, CEO da Tenda
Rodrigo Osmo, CEO da Tenda — Foto: Silvia Constanti/Agência O GloboRodrigo Osmo, CEO da Tenda — Foto: Silvia Constanti/Agência O Globo

O controle da inflação é o principal desejo do CEO da Tenda, Rodrigo Osmo, já que a empresa sofre com a alta dos preços de materiais de construção. Para ele, a implementação das reformas administrativa e tributária é um desafio para o novo governo, e ambas são o melhor caminho para sinalizar ao mercado financeiro que a trajetória da dívida pública não é ascendente:

— As quebras na cadeia de suprimentos, por causa da crise sanitária da Covid-19 e da guerra na Ucrânia, foram prejudiciais. Mas estamos otimistas para o próximo ano. O governo sinalizou que vai facilitar para as famílias de menor poder aquisitivo o acesso à moradia, foco do nosso negócio.

Para além da economia, Osmo tem esperança de observar uma trégua entre as instituições e também um alívio na polarização política na sociedade, que entende como prejudicial:

— Houve esgarçamento entre Executivo, Judiciário e Legislativo. É importante que cada um desses atores se retenha ao papel institucional que precisa seguir. Na sociedade, não há mais espaço para debate. A população saiu muito polarizada da última eleição, o que afetou muitas relações pessoais. Quanto mais pudermos ser plurais, mais vamos avançar como sociedade.

Ninguém ganha com o descompasso das contas públicas
— José Berenger, CEO do banco XP
José Berenger, CEO do banco XP — Foto: DivulgaçãoJosé Berenger, CEO do banco XP — Foto: Divulgação

Para que o Brasil siga em rota de avanço, em 2023 é preciso privilegiar áreas como educação, saúde, segurança, inovação, empreendedorismo, tecnologia, e tantas outras, que merecem a atenção de políticas públicas e de investimento privado, avalia o CEO do Banco XP, José Berenguer.

Ele diz que o país tem questões imediatas a resolver, mas não pode deixar de pensar no que quer ser no futuro, buscando ser cada mais inclusivo e desenvolvido:

— O Brasil precisará equacionar os anseios dos campos social e econômico. O mercado tem dado sinais de preocupação em relação à situação fiscal do país. Todos sabemos que ninguém ganha com o descompasso das contas públicas.

Para ele, a condução do ajuste fiscal é o tema prioritário na agenda. Berenguer acredita que o novo governo tem disposição e todos os instrumentos para ser efetivo na gestão do Orçamento. Ele observa que os contextos social, político e econômico dos últimos anos aumentaram a desigualdade social e afetaram a produtividade do país.

— Espero que o país se fortaleça, que as empresas continuem crescendo, e que surjam novas oportunidades, que alavanquem emprego e renda — avalia.

Reforma tributária está na agenda, e esperamos impacto positivo na indústria
— Marcel Chara, CEO da Ternium Brasil
Marcel Chara, Ceo da Ternium Brasil — Foto: DivulgaçãoMarcel Chara, Ceo da Ternium Brasil — Foto: Divulgação

Otimizar a produção industrial é o desafio mais urgente para o primeiro ano do governo Lula, avalia o presidente da Ternium Brasil, Marcelo Chara. Embora acredite que 2023 será desafiador diante do cenário global com previsão de recessão nas maiores economias do mundo e impacto da crise energética, ele ressalta que o país, após queda forte da participação da indústria no PIB, terá a oportunidade de retomar esse espaço:

— A reforma tributária está na agenda do novo governo, e esperamos que tenha impacto positivo na competitividade da indústria brasileira. O desenvolvimento do mercado de gás natural, com maior oferta do combustível e preço mais competitivo, também é um tema prioritário para a indústria.

Para Chara, a reforma tributária é o principal meio para gerar impacto positivo na competitividade da indústria. Ele aponta ainda a necessidade de mais investimentos em educação para gerar oportunidade para os jovens.

A gente faz hora extra, corta daqui e dali, mas, se ficar mais caro, não aguenta
— Julio Cesar Pereira, vendedor no Saara há 23 anos
Julio Cesar Pereira da Silva, 40 anos, trabalha como vendedor no Saara ha 23 anos — Foto: Rebecca Maria/Agência O Globo
 Cesar Pereira da Silva, 40 anos, trabalha como vendedor no Saara ha 23 anos — Foto: Rebecca Maria/Agência O Globo

Vendedor de uma loja de miçangas no Centro do Rio de Janeiro, Júlio César Pereira da Silva, de 40 anos, é o retrato do trabalhador formal médio brasileiro. Na pandemia, quando o comércio fechou, viu 18 de seus colegas serem demitidos. Apenas ele, que está há 23 anos na empresa, e outros cinco foram poupados.

Agora, tem fé de que o reaquecimento da economia e a continuidade dos benefícios sociais impulsionem as vendas e também a sua comissão. Apesar disso, não quer ver uma nova disparada nos preços dos alimentos.

— Não dá para ter que pagar ainda mais caro no mercado ganhando só dois salários mínimos. A gente faz hora extra, corta daqui, corta dali, mas, se ficar mais caro, a gente não aguenta.

Na casa em que vive com a mulher e uma filha, a renda é suficiente para pagar as despesas básicas e a escola particular da menina. Não sobra para plano de saúde, o que faz ele pedir mais investimento na rede pública de atendimento.

Vamos contratar e qualificar, porque falta mão de obra capacitada
— Marcel Jorand, CEO da Gás Verde
Marcel Jorand - CEO da Gás Verde/Urca Energia  — Foto: DivulgaçãoMarcel Jorand – CEO da Gás Verde/Urca Energia — Foto: Divulgação

O maior compromisso ambiental do setor privado faz Marcel Jorand, diretor executivo da Urca Energia e CEO da Gás Verde, olhar com otimismo para o ano de 2023. Após a COP27 ter direcionado os holofotes para o assunto, ele espera nos próximos dois anos um grande crescimento da empresa “que transforma lixo em energia”, como descreve, com um investimento de R$ 400 milhões na expansão do negócio.

Com a mudança de governo, anseia por incentivos ao setor, como crédito com melhores taxas nos bancos de fomento.

— Hoje temos 150 funcionários e planejamos dobrar o efetivo. Vamos contratar principalmente pessoas com ensino médio e qualificá-las, porque vemos que falta mão de obra capacitada — diz Jorand.

Para além disso, ele deseja que a saúde e a educação sejam priorizadas pelos parlamentares, o que pode proporcionar, acredita, a redução da violência e mais segurança para a sociedade.

Dar fôlego aos empresários para gerar círculo virtuoso
— Julio Monteiro, CEO do Megamatte
Julio Monteiro, CEO do Megamatte — Foto: DivulgaçãoJulio Monteiro, CEO do Megamatte — Foto: Divulgação

Uma reforma tributária justa e incentivos a pequenos e médios empresários é o que o CEO do Megamatte, Julio Monteiro, almeja para ver o negócio crescer. Os últimos três anos, devido à Covid-19, à guerra na Ucrânia e à disputa política, foram de aperto nas contas.

As verbas de marketing foram suprimidas, e muitos franqueados não conseguiram abrir lojas onde queriam.

— Alguns pontos que tinham o aluguel em torno de R$ 17 mil passaram a pagar quase R$ 30 mil. A gente também teve crescimento no custo de insumos e precisamos fazer repasses ao consumidor, aumentando os preços — conta.

Ele diz que a alta dos juros inviabiliza novos investimentos. E gostaria que o limite do Simples Nacional fosse elevado:

— A maioria dos empresários de varejo está enquadrada no Simples Nacional, que tem um limite baixo. Se ele passa desse valor, a carga tributária é enorme. É preciso dar fôlego aos empresários para gerar um círculo virtuoso.

É para mostrar mudança em relação aos escândalos do passado
— Barbara M., engenheira
Barbara M., Engenheira de 39 anos — Foto: Agência O GloboBarbara M., Engenheira de 39 anos — Foto: Agência O Globo

Moradora da Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, a engenheira Barbára M., de 39 anos, deseja uma sociedade mais segura e com mais educação para a filha Clara, de 9 anos. Ela diz ter notado discrepâncias entre o ensino público e o privado ao longo da pandemia, o que pode impactar a qualidade dos futuros trabalhadores do país.

A engenheira acredita ser fundamental para o país atrair capital estrangeiro que possibilite novos e melhores investimentos, gerando lucro para as empresas e a criação de novos postos de emprego. O desafio do governo Lula, em sua opinião, é sinalizar ao mercado que o Brasil não é mais o país que protagonizou tantos escândalos de corrupção no passado:

— É preciso trazer confiabilidade, mostrar mudança de estrutura e que o dinheiro internacional está aplicado de forma segura. Uma melhora na parte tributária poderia influenciar muito.

Ela espera ainda investimento em fontes de energia renovável.

É preciso criar mecanismos que preservem a responsabilidade fiscal
— Marco Stefanini, CEO da Stefanini
Marco Stefanini, CEO da Stefanini — Foto: DivulgaçãoMarco Stefanini, CEO da Stefanini — Foto: Divulgação

CEO da multinacional brasileira de tecnologia Stefanini, Marco Stefanini espera que, em 2023, haja maior cooperação entre os países para reduzir a desigualdade social. No Brasil, afirma, a responsabilidade social deve ser aliada à fiscal.

Para ele, um objetivo não exclui o outro. Sem contas públicas em ordem, observa, a inflação sobe, os juros ficam altos, e o país não cresce.

— Isso prejudica os mais pobres. É preciso criar mecanismos que preservem a responsabilidade fiscal.

Mas ele lembra que o ano começa mais adverso em termos econômicos, diante do cenário global de menos crescimento e a incerteza sobre a política econômica que será adotada no Brasil.

O desafio, diz, é buscar um país mais liberal, em que o Estado atue com foco em segurança, saúde e educação, deixando negócios para o setor privado. Ele defende medidas para desburocratizar a economia melhorando o ambiente de negócios. E gostaria de ver mais investimento em educação nas carreiras de exatas.

O Globo

 

O entregador que pedala 12 horas por dia quer juntar dinheiro para tirar carteira de habilitação, sair da bicicleta e ser motorista de aplicativo. O empresário de commodities espera ver o país retomando seu protagonismo global como potência ambiental, enquanto a empreendedora cobra do governo crédito e ferramentas para estimular os pequenos negócios.

Para a engenheira de classe média e o executivo de uma grande rede de varejo, os impostos no Brasil são um problema. Já o vendedor do comércio popular no Rio só não quer mais levar sustos na hora de ir às compras no supermercado, enquanto o executivo do mercado financeiro pede um ajuste nas contas públicas do governo.

Os brasileiros que fazem a economia girar veem 2023 com um misto de esperança por mais renda e emprego e apreensão com a alta da inflação e o esgarçamento das relações pessoais em um país ainda muito polarizado. Em comum, a expectativa de que, neste primeiro ano de um novo governo, o Brasil consiga reencontrar o caminho da prosperidade.

A educação aparece como preocupação compartilhada entre brasileiros de diferentes estratos sociais. Para os trabalhadores, a falta de qualificação é um entrave à ascensão social em um país que, no último ano, só gerou empregos de baixa remuneração. Para os empresários, a dificuldade é recrutar funcionários capacitados.

E, para além da economia, trabalhadores, consumidores e empresários comungam do anseio por melhorias na saúde e na segurança pública no país. Leia, a seguir, o que esperam 12 brasileiros de diferentes perfis para 2023.

Que o Brasil assuma protagonismo global como potência verde
— Luis Henrique Guimarães, CEO da Cosan
Luis Henrique Guimarães, CEO da Cosan — Foto: DivulgaçãoLuis Henrique Guimarães, CEO da Cosan — Foto: Divulgação

Luis Henrique Guimarães, CEO da Cosan, gigante que controla negócios na área de logística ferroviária, distribuição de combustível, lubrificantes, etanol, açúcar e energia, espera, que 2023 “seja um ano de estabilidade, em que a segurança jurídica e a previsibilidade política e econômica sejam pilares que garantam segurança para investimentos.”

Para ele, o Brasil deve priorizar seu potencial ambiental:

— Desejo que o Brasil assuma o seu protagonismo global de ser uma potência verde. Nosso país reúne vantagens competitivas e comparativas fundamentais, que se encaixam perfeitamente nas necessidades globais.

Guimarães ressalta a urgência de organizar as contas públicas:

— São muitos os desafios do novo governo, mas creio que é preciso ter um olhar especial para o equilíbrio fiscal. O governo terá que se esforçar para implementar medidas de controle que possam compensar possíveis novas despesas, construindo, assim, um ambiente propício à geração de negócios e criação de empregos — afirma.

Embora ressalte que “ainda é um pouco prematuro falar em expectativas”, Guimarães destaca que “o discurso oficial do novo governo acenou com bastante força para a área ambiental.”

Quero uma coisa melhor para não depender dos outros
— Germano Nagaro, vendedor
Germano Nagaro, 29 anos, entregador de aplicaivo há três meses — Foto: Rebecca Maria/Agência O GloboGermano Nagaro, 29 anos, entregador de aplicaivo há três meses — Foto: Rebecca Maria/Agência O Globo

O sonho de ascensão social que o entregador de comida Germano Nagari, de 29 anos, gostaria de realizar em 2023 é virar motorista de aplicativo ou motoboy. Com apenas a primeira série do ensino fundamental, não consegue emprego formal há mais de cinco anos.

Faça chuva, faça sol, pedala cerca de 12 horas por dia, de segunda a segunda. Não há descanso. Aos fins de semana, o aplicativo que usa para conseguir renda faz promoções de ganho extra e não dá para desperdiçar. No melhor cenário, consegue tirar R$ 700 por semana.

Uma parte dessa quantia tem usado para pagar pela sua habilitação de motorista. A rotina dura, porém, não esmorece os planos de um futuro melhor. Voltar a estudar no ano que vem e comprar um carro ou moto são os objetivos mais imediatos. A longo prazo, deseja sair da casa da mãe, com quem mora em Madureira, e conseguir uma vaga de carteira assinada.

— Quero concluir os estudos e tentar coisa melhor para que, caso eu sofra um acidente, não dependa dos outros. Hoje não tenho a segurança de ficar encostado pelo INSS se algo acontecer.

Para o país, deseja que o desemprego diminua e que os políticos priorizem a educação, para que outros jovens tenham acesso a oportunidades que ele não teve.

É preciso educação empreendedora e ampliar o acesso ao crédito
— Adriana Barbosa, CEO da PretaHub
Adriana Barbosa, Ceo do PretaHub — Foto: Agência O GloboAdriana Barbosa, Ceo do PretaHub — Foto: Agência O Globo

À frente do PretaHub e do Instituto Feira Preta, Adriana Barbosa tem atuação reconhecida no impulso a novos negócios. Para ela, em 2023 é preciso voltar as atenções para o microempreendedor individual (MEI).

— O MEI tem de ser revisitado. Há qualificações, sobretudo na cultura, na economia criativa, que ele não reflete. Falta um quesito de cor dentro do MEI. A plataforma deveria ter dados precisos, a serem usados na construção de políticas voltadas para impulsionar o empreendedorismo — destaca ela.

As micro e pequenas empresas respondem por 30% do PIB do país e 44% da massa salarial, segundo dados do Sebrae. Adriana alerta, porém, que é preciso atuar em quatro frentes para ajudar quem é MEI a quebrar o “teto de vidro” do microempreendedorismo e avançar com seu negócio:

— Faltam dados para planejar o que fazer, entender se os MEI são mulheres, negras, e atuar com foco. Apesar do MEI, há cada vez mais informais, então é preciso investir em educação empreendedora. Outra coisa é ampliar acesso a crédito, porque ele não está chegando na ponta, nas periferias. Tecnologia é outra demanda, já que a transformação digital não foi para todos. Por fim, dar acesso a máquinas e equipamentos.
Um ponto de atenção para o próximo governo é pacificar as cidades
— Monica Armada
A enfermeira e servidora pública Monica Armada, de 53 anos — Foto: DivulgaçãoA enfermeira e servidora pública Monica Armada, de 53 anos — Foto: Divulgação

Uma sociedade mais justa e igualitária é o sonho da enfermeira e servidora pública Monica Armada, de 53 anos. Para ela, a vida da população como um todo irá melhorar com mais emprego e maior renda no ano que vem. Por isso, avalia como acertada a decisão de ampliar os gastos públicos para garantir benefícios sociais. Em sua visão, a liberação de recursos pode estimular a economia, promovendo a abertura de vagas.

A empatia, necessária em seu ofício de enfermeira, faz com que ela saiba o quão urgente é combater a fome no Brasil, agravada pela pandemia. Ela diz ainda que garantir moradia digna a qualquer cidadão também é vital:

— A população de rua aumentou muito nos últimos anos. Essa é uma questão grave.

Monica também se preocupa com a segurança pública. Além da violência decorrente da polarização política, reclama do alto índice de mortalidade de policiais no Rio de Janeiro e das vítimas das operações em periferias.

— A gente viu o que aconteceu em Brasília com aquela bomba no aeroporto. É um ponto de atenção para o próximo governo. É preciso pacificar as cidades. Outra coisa é que temos a polícia que mais mata e que mais morre. É preciso mais treinamento .

Quanto mais pudermos ser plurais, mais vamos avançar
— Rodrigo Osmo, CEO da Tenda
Rodrigo Osmo, CEO da Tenda — Foto: Silvia Constanti/Agência O GloboRodrigo Osmo, CEO da Tenda — Foto: Silvia Constanti/Agência O Globo

O controle da inflação é o principal desejo do CEO da Tenda, Rodrigo Osmo, já que a empresa sofre com a alta dos preços de materiais de construção. Para ele, a implementação das reformas administrativa e tributária é um desafio para o novo governo, e ambas são o melhor caminho para sinalizar ao mercado financeiro que a trajetória da dívida pública não é ascendente:

— As quebras na cadeia de suprimentos, por causa da crise sanitária da Covid-19 e da guerra na Ucrânia, foram prejudiciais. Mas estamos otimistas para o próximo ano. O governo sinalizou que vai facilitar para as famílias de menor poder aquisitivo o acesso à moradia, foco do nosso negócio.

Para além da economia, Osmo tem esperança de observar uma trégua entre as instituições e também um alívio na polarização política na sociedade, que entende como prejudicial:

— Houve esgarçamento entre Executivo, Judiciário e Legislativo. É importante que cada um desses atores se retenha ao papel institucional que precisa seguir. Na sociedade, não há mais espaço para debate. A população saiu muito polarizada da última eleição, o que afetou muitas relações pessoais. Quanto mais pudermos ser plurais, mais vamos avançar como sociedade.

Ninguém ganha com o descompasso das contas públicas
— José Berenger, CEO do banco XP
José Berenger, CEO do banco XP — Foto: DivulgaçãoJosé Berenger, CEO do banco XP — Foto: Divulgação

Para que o Brasil siga em rota de avanço, em 2023 é preciso privilegiar áreas como educação, saúde, segurança, inovação, empreendedorismo, tecnologia, e tantas outras, que merecem a atenção de políticas públicas e de investimento privado, avalia o CEO do Banco XP, José Berenguer.

Ele diz que o país tem questões imediatas a resolver, mas não pode deixar de pensar no que quer ser no futuro, buscando ser cada mais inclusivo e desenvolvido:

— O Brasil precisará equacionar os anseios dos campos social e econômico. O mercado tem dado sinais de preocupação em relação à situação fiscal do país. Todos sabemos que ninguém ganha com o descompasso das contas públicas.

Para ele, a condução do ajuste fiscal é o tema prioritário na agenda. Berenguer acredita que o novo governo tem disposição e todos os instrumentos para ser efetivo na gestão do Orçamento. Ele observa que os contextos social, político e econômico dos últimos anos aumentaram a desigualdade social e afetaram a produtividade do país.

— Espero que o país se fortaleça, que as empresas continuem crescendo, e que surjam novas oportunidades, que alavanquem emprego e renda — avalia.

Reforma tributária está na agenda, e esperamos impacto positivo na indústria
— Marcel Chara, CEO da Ternium Brasil
Marcel Chara, Ceo da Ternium Brasil — Foto: DivulgaçãoMarcel Chara, Ceo da Ternium Brasil — Foto: Divulgação

Otimizar a produção industrial é o desafio mais urgente para o primeiro ano do governo Lula, avalia o presidente da Ternium Brasil, Marcelo Chara. Embora acredite que 2023 será desafiador diante do cenário global com previsão de recessão nas maiores economias do mundo e impacto da crise energética, ele ressalta que o país, após queda forte da participação da indústria no PIB, terá a oportunidade de retomar esse espaço:

— A reforma tributária está na agenda do novo governo, e esperamos que tenha impacto positivo na competitividade da indústria brasileira. O desenvolvimento do mercado de gás natural, com maior oferta do combustível e preço mais competitivo, também é um tema prioritário para a indústria.

Para Chara, a reforma tributária é o principal meio para gerar impacto positivo na competitividade da indústria. Ele aponta ainda a necessidade de mais investimentos em educação para gerar oportunidade para os jovens.

A gente faz hora extra, corta daqui e dali, mas, se ficar mais caro, não aguenta
— Julio Cesar Pereira, vendedor no Saara há 23 anos
Julio Cesar Pereira da Silva, 40 anos, trabalha como vendedor no Saara ha 23 anos — Foto: Rebecca Maria/Agência O Globo
 Cesar Pereira da Silva, 40 anos, trabalha como vendedor no Saara ha 23 anos — Foto: Rebecca Maria/Agência O Globo

Vendedor de uma loja de miçangas no Centro do Rio de Janeiro, Júlio César Pereira da Silva, de 40 anos, é o retrato do trabalhador formal médio brasileiro. Na pandemia, quando o comércio fechou, viu 18 de seus colegas serem demitidos. Apenas ele, que está há 23 anos na empresa, e outros cinco foram poupados.

Agora, tem fé de que o reaquecimento da economia e a continuidade dos benefícios sociais impulsionem as vendas e também a sua comissão. Apesar disso, não quer ver uma nova disparada nos preços dos alimentos.

— Não dá para ter que pagar ainda mais caro no mercado ganhando só dois salários mínimos. A gente faz hora extra, corta daqui, corta dali, mas, se ficar mais caro, a gente não aguenta.

Na casa em que vive com a mulher e uma filha, a renda é suficiente para pagar as despesas básicas e a escola particular da menina. Não sobra para plano de saúde, o que faz ele pedir mais investimento na rede pública de atendimento.

Vamos contratar e qualificar, porque falta mão de obra capacitada
— Marcel Jorand, CEO da Gás Verde
Marcel Jorand - CEO da Gás Verde/Urca Energia  — Foto: DivulgaçãoMarcel Jorand – CEO da Gás Verde/Urca Energia — Foto: Divulgação

O maior compromisso ambiental do setor privado faz Marcel Jorand, diretor executivo da Urca Energia e CEO da Gás Verde, olhar com otimismo para o ano de 2023. Após a COP27 ter direcionado os holofotes para o assunto, ele espera nos próximos dois anos um grande crescimento da empresa “que transforma lixo em energia”, como descreve, com um investimento de R$ 400 milhões na expansão do negócio.

Com a mudança de governo, anseia por incentivos ao setor, como crédito com melhores taxas nos bancos de fomento.

— Hoje temos 150 funcionários e planejamos dobrar o efetivo. Vamos contratar principalmente pessoas com ensino médio e qualificá-las, porque vemos que falta mão de obra capacitada — diz Jorand.

Para além disso, ele deseja que a saúde e a educação sejam priorizadas pelos parlamentares, o que pode proporcionar, acredita, a redução da violência e mais segurança para a sociedade.

Dar fôlego aos empresários para gerar círculo virtuoso
— Julio Monteiro, CEO do Megamatte
Julio Monteiro, CEO do Megamatte — Foto: DivulgaçãoJulio Monteiro, CEO do Megamatte — Foto: Divulgação

Uma reforma tributária justa e incentivos a pequenos e médios empresários é o que o CEO do Megamatte, Julio Monteiro, almeja para ver o negócio crescer. Os últimos três anos, devido à Covid-19, à guerra na Ucrânia e à disputa política, foram de aperto nas contas.

As verbas de marketing foram suprimidas, e muitos franqueados não conseguiram abrir lojas onde queriam.

— Alguns pontos que tinham o aluguel em torno de R$ 17 mil passaram a pagar quase R$ 30 mil. A gente também teve crescimento no custo de insumos e precisamos fazer repasses ao consumidor, aumentando os preços — conta.

Ele diz que a alta dos juros inviabiliza novos investimentos. E gostaria que o limite do Simples Nacional fosse elevado:

— A maioria dos empresários de varejo está enquadrada no Simples Nacional, que tem um limite baixo. Se ele passa desse valor, a carga tributária é enorme. É preciso dar fôlego aos empresários para gerar um círculo virtuoso.

É para mostrar mudança em relação aos escândalos do passado
— Barbara M., engenheira
Barbara M., Engenheira de 39 anos — Foto: Agência O GloboBarbara M., Engenheira de 39 anos — Foto: Agência O Globo

Moradora da Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, a engenheira Barbára M., de 39 anos, deseja uma sociedade mais segura e com mais educação para a filha Clara, de 9 anos. Ela diz ter notado discrepâncias entre o ensino público e o privado ao longo da pandemia, o que pode impactar a qualidade dos futuros trabalhadores do país.

A engenheira acredita ser fundamental para o país atrair capital estrangeiro que possibilite novos e melhores investimentos, gerando lucro para as empresas e a criação de novos postos de emprego. O desafio do governo Lula, em sua opinião, é sinalizar ao mercado que o Brasil não é mais o país que protagonizou tantos escândalos de corrupção no passado:

— É preciso trazer confiabilidade, mostrar mudança de estrutura e que o dinheiro internacional está aplicado de forma segura. Uma melhora na parte tributária poderia influenciar muito.

Ela espera ainda investimento em fontes de energia renovável.

É preciso criar mecanismos que preservem a responsabilidade fiscal
— Marco Stefanini, CEO da Stefanini
Marco Stefanini, CEO da Stefanini — Foto: DivulgaçãoMarco Stefanini, CEO da Stefanini — Foto: Divulgação

CEO da multinacional brasileira de tecnologia Stefanini, Marco Stefanini espera que, em 2023, haja maior cooperação entre os países para reduzir a desigualdade social. No Brasil, afirma, a responsabilidade social deve ser aliada à fiscal.

Para ele, um objetivo não exclui o outro. Sem contas públicas em ordem, observa, a inflação sobe, os juros ficam altos, e o país não cresce.

— Isso prejudica os mais pobres. É preciso criar mecanismos que preservem a responsabilidade fiscal.

Mas ele lembra que o ano começa mais adverso em termos econômicos, diante do cenário global de menos crescimento e a incerteza sobre a política econômica que será adotada no Brasil.

O desafio, diz, é buscar um país mais liberal, em que o Estado atue com foco em segurança, saúde e educação, deixando negócios para o setor privado. Ele defende medidas para desburocratizar a economia melhorando o ambiente de negócios. E gostaria de ver mais investimento em educação nas carreiras de exatas.

O Globo

 

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Tags: 2023BrasileconomiaPolítica

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