O Conselho Regional de Medicina na Paraíba (CRM-PB) divulgou dados nesta quarta-feira (17) que revelam um índice preocupante. Apesar de um aumento de 30% no número de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), diversos hospitais por todo o estado atingiram o limite máximo de ocupação nos leitos nesta terça (16).
Na região metropolitana de João Pessoa, dos seis hospitais públicos analisados, dois se encontravam em superlotação nas UTIs, o Hospital Universitário Lauro Wanderley e o Clementino Fraga. Os demais hospitais verificados tiveram ocupação em níveis alarmantes. Prontovida (91%), Santa Isabel (94%), Hospital Metropolitano (96%), Frei Damião I (79%), Hospital Nossa Senhora das Neves (87%), e o Hospital da Unimed (85%)
A situação no Sertão é ainda mais preocupante onde, de acordo com a análise feita, três dos quatro hospitais regionais tiveram 100% de ocupação nas UTIs (Hospital Regional de Patos, Hospital Regional de Cajazeiras, Hospital Regional de Pombal).
Apenas o Hospital Regional de Piancó estava com 86% de ocupação na UTI, mas a unidade possui apenas sete leitos: seis ocupados e um disponível.
Em Campina Grande, o Hospital Universitário Alcides Carneiro e o Hospital Santa Clara, também alcançaram a taxa máxima de ocupação nos leitos de UTI em pesquisa realizada pelo CRM da Paraíba.
O presidente do CRM-PB, Roberto Magliano de Morais, falou sobre esgotamento físico dos médicos. “Temos que encarar a pandemia como um problema coletivo, de nós todos, não apenas dos gestores e dos profissionais de saúde. Todos têm que contribuir fazendo a sua parte, senão não conseguiremos ter êxito. Os médicos estão exaustos, com esgotamento físico e mental e, mesmo assim, continuam trabalhando com coragem e determinação. Estamos vendo que as vagas nos hospitais são insuficientes para a crescente demanda, então é preciso reforçar mais uma vez as medidas sanitárias: uso correto da máscara, higienização das mãos e distanciamento social”, disse.
Fonte 83