Quase um quarto dos pacientes hospitalizados com COVID-19 foram diagnosticados com complicações cardiovasculares, que comprovadamente contribuem para cerca de 40% de todas as mortes relacionadas com COVID-19.
Um número crescente de estudos sugere que muitos sobreviventes de COVID-19 experimentam algum tipo de dano cardíaco, mesmo que não tenham uma doença cardíaca subjacente e não estejam doentes o suficiente para serem hospitalizados. Esta última reviravolta preocupa os especialistas em saúde com o potencial aumento da insuficiência cardíaca.
Logo no início da pandemia, ficou claro que muitos pacientes hospitalizados apresentavam evidências de lesão cardíaca .Mais recentemente, há reconhecimento de que mesmo alguns dos pacientes COVID-19 não hospitalizados estão sofrendo de lesão cardíaca. Isso levanta preocupações de que pode haver indivíduos que superam a infecção inicial, mas ficam com danos cardiovasculares e complicações.
As complicações, como miocardite, uma inflamação do músculo cardíaco, podem levar a um aumento da insuficiência cardíaca no futuro.
Os pesquisadores aconselham aqueles que estão se recuperando de COVID-19 para observar os seguintes sintomas – e consultar seu médico ou um cardiologista se os sentirem: falta de ar crescente ou extrema com esforço, dor no peito, inchaço dos tornozelos, palpitações cardíacas ou um batimento cardíaco irregular, não ser capaz de ficar deitado sem falta de ar, acordar à noite com falta de ar, tontura ou crises de tontura.
Dr. Valério Vasconcelos
Idealizador do Dia Estadual da Saúde do Coração Lei 8.636 de 18/08/2008. Professor de Cardiologia na Faculdade de Medicina Nova Esperança, João Pessoa – PB. Diretor do Centro de Referência em Atenção à Saúde da Universidade Federal da Paraíba (CRAS/UFPB). Médico pesquisador do Centro de Biotecnologia da UFPB. Jornalista Registro Profissional 3.520.