O empresário e ex-senador e ex-ministro paraibano, Ney Suassuna, participa da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro como escritor e lança, pelo menos, oito livros inéditos na edição que comemora os 40 (quarenta) anos do evento literário.
Os livros do paraibano, que também é economista e está com 81 (oitenta e um) anos de idade, são obras de Ciências Sociais, prosa e poesia que tem como uma das “missões” marcar o nome de Ney, no universo da literatura, uma vez que normalmente ele é lembrado com mais ênfase por ter sido citado junto à escândalos na política.
A Bienal
Em 2023, a Bienal do Livro Rio completa 40 anos. Valiosa por manter o livro no centro da cena cultural brasileira, como experiência ampliada, gregária, compartilhada, inovadora e multimídia, é uma celebração única e aparece com destaque no rol dos maiores eventos literários do mundo.
Alguns dos momentos-chave de sua trajetória longeva confirmam o quanto os livros constroem e refletem a sociedade, e, por outro, atestam a importância da Bienal, sob as perspectivas histórica, cultural e social, tanto para o Rio de Janeiro como para o país.
A história começa em 1983, no hotel Copacabana Palace, como uma feira de livros organizada pelo SNEL, Sindicato Nacional dos Editores de Livros. Desde então, foram 20 edições e 40 anos de encontros, livros e histórias sobre livros. O período histórico coberto por essas quatro décadas de realização da Bienal Internacional do Rio de Janeiro revela tempos de enorme transformação no Brasil: o fim do governo militar e redemocratização do país, os planos econômicos e as trocas de moeda, a ampliação da telefonia e a febre do celular, a modernização das formas de fazer e vender livros, a abertura de mercado para produtos importados, o surgimento do e-book, entre muitos outros marcos de definição do cotidiano. A Bienal foi espelho para tudo isso.
A vinda de José Saramago logo após a conquista do Prêmio Nobel, o encontro de Jorge Amado e Paulo Coelho, a palestra de Tom Wolfe, a festa no Copacabana Palace com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso, a tentativa de censura a um HQ e a reação da sociedade contra a homofobia, a mudança do perfil de público com a tomada da Bienal pelos jovens (quem disse mesmo que jovem não lê?), o discurso de abertura da ministra Carmem Lúcia a favor da democracia. Grandes e inesquecíveis momentos que transformaram a Bienal num marco literário para o Rio de Janeiro, num dos maiores eventos da cidade, um patrimônio cultural para o carioca. Uma caixa de ressonância do melhor do Brasil.
Portal da Capital