A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada pela Polícia Federal na manhã deste sábado (22), provocou forte reação entre seus aliados políticos na Paraíba. Usando as redes sociais, lideranças do PL e figuras próximas ao ex-chefe do Executivo classificaram a medida como “violência”, “censura”, “perseguição” e um “absurdo sem precedentes”.

A PF justificou a prisão como uma ação para garantir a ordem pública, após a convocação de uma vigília pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na noite anterior — manifestação que, segundo a Polícia Federal, representava risco à segurança dos participantes e dos agentes.
Na Paraíba, a repercussão foi imediata. Confira o que disseram os principais aliados:
Marcelo Queiroga (PL) — presidente do PL na PB e pré-candidato ao Senado
O ex-ministro da Saúde gravou um longo vídeo em solidariedade à família de Bolsonaro e classificou a prisão como um ato de “violência contra o Brasil”:
“Externo minha solidariedade à família do presidente Bolsonaro (…) por essa violência que se comete contra esse grande homem público. Ao cometer essa violência contra Bolsonaro, se comete contra o Brasil.”
Queiroga criticou o motivo da prisão, a vigília convocada por Flávio Bolsonaro e afirmou que o episódio representa um ataque político. “Estamos surpresos com o motivo da prisão. Era uma vigília de oração para um homem que está em situação de saúde precária, fruto da violência cometida contra ele em 2018. Eles queriam matar Bolsonaro desde lá.”
Ele encerrou dizendo que a militância deve permanecer unida. “Nós estamos mais fortes do que nunca. E vamos voltar em 2027.”
Nilvan Ferreira — aliado de Bolsonaro na Paraíba
Nilvan classificou o episódio como mais um capítulo daquilo que chama de perseguição. “Mais uma etapa da perseguição contra o presidente Bolsonaro se cumpriu hoje. Bolsonaro acaba de ser preso de novo (…) agora longe da família. Tudo muito claro: uma grande perseguição.”
O comunicador criticou a prisão antes do trânsito em julgado:
“O processo nem terminou. A gente acorda com um sentimento de injustiça, de dor na alma.”
Walber Virgolino (PL) — deputado estadual
O deputado reagiu de forma direta e indignada: “Só pode ser brincadeira.”
Virgolino é um dos nomes mais alinhados ao bolsonarismo na Assembleia Legislativa e já vinha criticando o que considera ações judiciais desproporcionais contra o ex-presidente.
Cabo Gilberto Silva (PL) — deputado federal
Cabo Gilberto chamou a prisão de “vergonha” e atacou a justificativa da PF: “Que vergonha! A prisão foi por causa de uma vigília de oração. Desde quando cultuar a Deus se tornou crime neste país?”
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