/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/T/N/3MAnQ1TvCSfE8htmmABw/000-t6834.jpg?resize=1008%2C667&ssl=1)
Cercados na cidade de Raqa, no norte da Síria, os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) obrigam os civis a segui-los para utilizá-los como escudo humano.
Famílias inteiras se encontram apinhadas nos apartamentos onde os membros do EI se entrincheiraram. E, quando os combatentes saem para pegar água, os civis devem acompanhá-los para protegê-los.
Diante da ofensiva da aliança curdo-árabe das Forças Democráticas Sírias (FDS), os “jihadistas” estão encurralados em seus últimos redutos em Raqa, visados diariamente pelos ataques aéreos da coalizão internacional liderada por Washington.
Em duas ocasiões, Oum Alaa e sua família foram forçados a acompanhar os extremistas, conta esta mãe enlutada, algumas horas após fugir a pé de Raqa.
“Várias semanas atrás, um combatente iraquiano (do EI) entrou em nossa casa e nos disse que estávamos em uma zona militar”, lembra, sentada em frente a uma mesquita de Hawi al-Hawa, na periferia ocidental de Raqa.
Com seu marido, filho e neto de dois anos, Oum Alaa foi deslocada para um prédio vizinho. A família foi impedida de deixar o local, apesar das súplicas.
Três dias depois, todos foram levados para um prédio no distrito devastado de Al-Badou, onde há outras famílias.
“Fomos usados como escudo humano. Nos prenderam para se protegerem”, relata seu marido, Abu Alaa.
Como todos os civis entrevistados pela AFP, ele não quis dar seu sobrenome, temendo represálias contra parentes ainda presos pelos extremistas.
‘Nunca mais voltou’
Enquanto as FDS recuperavam gradualmente 90% de Raqa, graças aos bombardeios da coalizão, dezenas de milhares de civis conseguiram fugir dos combates.
Da Redação com G1