O infectologista Renato Kfouri afirmou hoje que a vacinação no 1º trimestre “foi um fracasso” no Brasil. Ele diz que governantes não se programaram nem se comprometeram com compras de vacinas ao curto prazo e que espera uma melhora nos níveis de vacinação para o 2º trimestre. A declaração foi dada ao UOL News.
Em maio, o Brasil viu o ritmo da imunização desacelerar ainda mais com o “apagão das doses”, resultado de atrasos envolvendo a chegada de insumos para produção de vacinas. Os dados foram levantados pelo UOL.
“Infelizmente, a gente vem recebendo doses de vacinas e insumos para produção a conta-gotas. Chega uma pequena quantidade, produzimos a pequena quantidade, distribuímos. Não tem constância no fornecimento dos insumos e das vacinas para que possamos chegar ao objetivo de vacinar toda a população de risco no 1º trimestre”, disse Kfouri.
“A vacinação manca, vai devagar, sofre interrupções e, nesse momento de grande circulação do vírus, a gente não consegue só com o distanciamento social e medidas restritivas baixar a taxa de casos”, Renato Kfouri, infectologista.
Até 18 de maio, em média, o país vacinou cerca de 681 mil pessoas por dia contra o novo coronavírus no mês. O número representa uma queda de 17% em relação a abril. No quarto mês do ano, a média foi de cerca de 822 mil pessoas recebendo a primeira ou a segunda dose por dia. O Brasil tem capacidade para vacinar cerca de 2,4 milhões de pessoas por dia, mas faltam imunizantes.