O deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) revelou que esteve reunido na semana passada em São Paulo com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para tratar de estratégias voltadas ao fortalecimento do partido e da oposição na Paraíba. Tovar, que historicamente tem ligação com Cássio, Romero e Pedro Cunha Lima, não descartou migrar para o PSD, legenda à qual Pedro se filiou recentemente.

“Há um caminho natural, há uma estrada pavimentada para que eu vá para o PSD. Sempre fui muito coerente nas minhas decisões e muito partidário. Agora, Pedro saiu do PSDB para o PSD, e nós estamos em discussões para formar um time forte. Por isso fui a São Paulo, tive uma ótima conversa com Kassab, que é um craque da política”, declarou.
Tovar também comentou a desfiliação do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, do Progressistas e sua decisão de se colocar como pré-candidato ao Governo do Estado em 2026. O parlamentar classificou o movimento como “natural” no período pré-eleitoral, mas ressaltou que ainda é preciso acompanhar os próximos passos.
“São movimentações corriqueiras da política, principalmente a um ano do processo eleitoral. O caso de Cícero muda o cenário do jogo, mas ainda precisamos entender para qual partido ele vai, para que se tenha certeza de que estará no campo da oposição”, avaliou.
Questionado sobre a possibilidade de uma composição entre Cícero e Pedro Cunha Lima, Tovar não descartou o entendimento. “Eu aposto, torço e defendo o nome de Pedro para governador. Mas deixo a janela aberta para outros integrantes virem à oposição. Não vejo problema em Cícero ser candidato, desde que haja diálogo entre ele, Efraim, Veneziano e Pedro, para que possamos identificar, com pesquisas, qual o nome que melhor representa o sentimento popular”, disse.
O deputado também comentou a disputa entre o Executivo e o Legislativo em torno da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), judicializada pelo Governo do Estado. Para Tovar, a autonomia dos poderes precisa ser respeitada.
“Vou ficar com Montesquieu: os poderes precisam ser harmônicos entre si, mas independentes. A independência do Legislativo precisa ser respeitada. Nós aprovamos na Assembleia e o Executivo judicializou. Agora, cabe ao Judiciário mediar esse impasse”, afirmou.
Por: Napoleão Soares