O grupo de resgate ao prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), estuda já maneiras de retirá-lo de Israel por uma rota marítima ou terrestre. A informação foi divulgada pelo filho do prefeito e deputado Federal Mersinho Lucena (PP), que viajou para a cidade de Tabuk, na Arábia Saudita, para colaborar com a tentativa de auxílio ao pai.
Cícero Lucena está em um bunker na cidade de Tel Aviv desde que o governo de Israel bombardeou o Irã na última sexta-feira, 13. O ataque deu início a uma troca mútua de bombas e mísseis que já deixou mortos em ambos os países, e interrompeu totalmente o tráfego aéreo na região.
Cerca de outros 25 prefeitos estão no mesmo bunker. O grupo viajou a Israel no último domingo, 8, a convite do governo local. A missão tinha como objetivo conhecer modelos de segurança pública.
“A gente não está vendo possibilidade de abertura de tráfego aéreo e de retirada desses brasileiros por via aérea. Por isso, nós estamos — com todo o apoio do Itamaraty, do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, do presidente Hugo Motta — estamos buscando as possibilidades de retirada desses brasileiros da forma menos arriscada possível”, disse o deputado Lucena.
“Estamos estudando vias marítimas e terrestres para que a gente possa montar uma operação de logística e diplomática, para que eles possam sair de Tel Aviv com maior segurança possível. Todos nós sabemos dos riscos que é uma operação dessas”, seguiu o deputado. “Peço que continuem em oração, mas em breve, havendo a possibilidade a gente retira esses brasileiros.”
Prefeitos e comitiva
De acordo com o Itamaraty, encontram-se em Israel cerca de 50 cidadãos brasileiros que compõem duas delegações de autoridades estaduais e municipais que realizam visita a convite do governo israelense. Além dos prefeitos, a lista de autoridades inclui o governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil).
“No momento, o espaço aéreo israelense e o Aeroporto Internacional Ben-Gurion foram fechados. Embora não haja informações oficiais sobre sua reabertura, veículo de imprensa de Israel indicou que o governo considera manter essa decisão pelos próximos dois ou três dias por razões de segurança.”
Istoé