No auge do PMDB de José Maranhão, o Vale do Mamanguape era uma espécie de bunker do partido com hegemônica representação regional. O deputado federal Wilson Santiago comandava as bases do Vale, que tinha, à época, Adamastor Madruga, em Itapororoca; Zé de Oscar e depois Roberto Messias, na Baía da Traição; Ivan Lyra e João Madruga (ambos in memorian), e, mais recentemente, Egberto Madruga, em Mataraca, além de Danda Ribeiro e João Ribeiro, ex-prefeitos de Jacaraú.
Em Marcação, Santiago contava com Paulo Sérgio, e na bela Rio Tinto, com o casal Gerbasi, Magna e Marcos, sequenciado com Dudu de Brizola, sucessora de Magna. Em Cuité de Mamanguape, com João Dantas e depois Isaurinha Meirelles, e Capim, com Sérgio Lima, ainda tendo sido peça-chave na eleição de Edvaldo Freire, em 2012. Em 2008, Wilson Santiago foi importante na eleição de Eduardo Brito e Maria Eunice para prefeito e vice de Mamanguape, maior colégio eleitoral da região.
Como em tudo na vida, a política abre e fecha ciclos. Muitos líderes do Vale cumpriram seus ciclos e não estão em mandato atualmente. Alguns cumprem o papel de liderar a oposição, de influenciar e moldar as novas lideranças para o futuro.
Fenômeno natural, como diz no livro de Eclesiastes, tudo passa. Mas fica o trabalho, a amizade e o legado. “O nome, a obra imortaliza”, como diz a canção de João Nogueira.
Dentro da lógica estratégica do trabalho em favor dos municípios que compõem o Vale do Mamanguape, se valendo de seu histórico positivo de trabalho e relações de amizades na região, Wilson Santiago está refazendo e ampliando seu espaço de outrora. Radomécio Leite, do Staff de Santiago, tem feito diversas incursões, município a município, ao estilo submarino russo, silencioso e certeiro.
Voltaremos ao assunto.
Por: Napoleão Soares