A sessão da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (19) parecia mais um campo de batalha do que um espaço para debates sérios. Parlamentares petistas e bolsonaristas transformaram o Plenário em um verdadeiro ringue, trocando gritos e interrompendo discursos. Mas quem achou que o caos ia reinar, teve uma surpresa: Hugo Motta (Republicanos-PB) assumiu o comando e mostrou que tem pulso firme.
O tumulto começou quando Nikolas Ferreira (PL-MG) partiu para o ataque contra a base governista e a denúncia da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A resposta veio do líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), mas foi abafada por gritos e provocações da oposição. A deputada Delegada Katarina (PSD-SE), que estava na presidência, tentou colocar ordem na casa, mas sem sucesso.
Foi então que Hugo Motta entrou em cena e não economizou palavras: “Aqui não é jardim da infância nem lugar para espetacularização que denigre a imagem desta Casa. Não aceitarei este tipo de comportamento!”. E foi ainda mais longe, deixando claro que não é um “presidente frouxo” e que, se os excessos continuarem, levará a questão ao Conselho de Ética.
A postura de Motta foi um alívio para quem espera que o Congresso seja um espaço de discussão séria, e não um palco de gritaria e confusão. Em tempos de polarização extrema, o Brasil precisa de lideranças que saibam impor respeito e garantir que o debate ocorra de maneira civilizada. Parlamentares estão ali para trabalhar pelo povo, não para protagonizar cenas de descontrole.
Hugo Motta mostrou que a Câmara tem comando e que não será refém de parlamentares que confundem representação com espetáculo. O recado foi dado: quem quiser brincar de tumultuar, que procure outro palco. A política séria agradece.
Por: Napoleão Soares