“Os adversários tão morrendo de medo, tanto que dispute quanto que fique”. A afirmação, feita na manhã desta quarta-feira (21), é do governador Ricardo Coutinho (PSB) sobre a oposição estar “interessada” em sua desincompatibilização do governo para disputar o Senado Federal.
“Porque eles não tem o que comparar, eles não conseguem comparar gestão, todos os indicadores deles são piores que os nossos. E isso pesa”, completou.
Ricardo disse que não há prazo para anúncio de chapa por parte do projeto do PSB. “A eleição é outubro, prazo de inscrição agosto. A Paraíba tem tanta coisa para pensar, quem não tem nada para apresentar ou fazer é que só faz falar sobre isso. Quem quer o poder pelo poder, como meus adversários, como nossos adversários, é que ficam permanentemente é que ficam nessa lógica de aflição, de traição”, disse o governador.
Há movimentações do PSD e do PSDB para isolar e até forçar desistência da candidatura do senador José Maranhão (MDB). Questionado se apoiaria essa movimentação, Ricardo foi na contramão. “Por que eu fecharia o MDB e alguém que foi governador três vezes? Tem direito naturalmente de fazer a disputa. Quem quiser disputar que dispute. Até porque seria imbecilidade minha estar achando que iria ter poder para interferir dentro de um outro partido, para que esse partido tivesse ou não [candidatura]. Acho que você tem que respeitar quem merece respeito”, declarou. E completou com uma sinalização de possível aliança com o emedebista: “Se ele não for candidato, espero conversar com ele. Se ele for candidato, vou respeitá-lo e reforçar nossa candidatura”.
Questões nacionais do PSB
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, já declarou que o partido gostaria de contar com Ricardo Coutinho como senador. Porém, a Executiva Nacional não cravou nenhuma posição oficial quanto a este desejo. Caso o pedido fosse feito de modo formal, o governador demonstrou que não saberia sua resposta. “Não sei [como reagiria], ninguém me fez esse pedido não”, disse.
Há um desejo de possivelmente o PSB lançar o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, como candidato a presidente. Questionado sobre as movimentações em torno de uma candidatura à presidência, o socialista paraibano comentou que o partido precisa se reposicionar enquanto esquerda, com ou sem candidato.
“Acho que o PSB precisa se colocar enquanto um importante partido num campo política que precisa ser reconstituído nesse país. Esse campo não pertence a um partido só, a uma liderança só, esse campo político é o campo da democracia, que deve se ampliar inclusive em setores progressistas. E o PSB tem que fazer parte disso, seja com candidato a presidente, seja sem. Precisamos unir as forças populares e progressistas para que o país consiga construir um projeto de nação, que priorize desenvolvimento e inclusão social”, afirmou.
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