O Brasil está finalmente pertinho da taça da Copa do Mundo. Para nosso desespero, o motivo da proximidade é, claro, a chegada do troféu à Argentina, que venceu a 22ª edição do campeonato, no Catar, neste domingo (18). Gostando ou não da vitória dos hermanos, não dá para negar: as comemorações em Buenos Aires, com milhões de pessoas, estão bonitas de se ver.
Aproveitando o clima de festa ao lado, separamos 5 curiosidades sobre o maior prêmio do futebol. Confira abaixo tudo o que precisa saber sobre ele, enquanto a gente continua sonhando com o Hexa.
1. Quase ninguém encosta no troféu original
A lista de pessoas que têm permissão para tocar ou segurar o troféu com as próprias mãos é super restrita. Entre os VIPs da FIFA estão os dirigentes da organização, jogadores e treinadores que venceram a Copa do Mundo e chefes de Estado – como a presidente Dilma Rousseff (PT), que entregou a taça para a seleção da Alemanha no fatídico ano de 2014.
Mas as seleções comemoram com o troféu original em mãos por pouco tempo. Depois da cerimônia oficial de premiação, ele é recolhido pela FIFA e volta à sede da federação, em Zurique (Suíça). Então, o time vencedor recebe uma réplica. A única pessoa (e não time) que já recebeu uma dessa foi Nelson Mandela, antes da África do Sul sediar a Copa, em 2010.
É de se esperar que o símbolo máximo do esporte pareça intocável por aqueles que não são campeões mundiais. Mas esta história de que é proibido tocar no prêmio não passa de etiqueta e tradição. Na Copa de 2014, a cantora Rihanna gerou polêmica ao supostamente beijar o troféu original em uma comemoração com os jogadores alemães, que venceram o campeonato.
Já na Copa de 1994, quando o Brasil virou “tetra”, o descumprimento da regra virou momento histórico. Na época, o treinador Carlos Alberto Parreira desfilou com o troféu pelo estádio, dizendo para os torcedores brasileiros: “Pode tocar que ela é nossa”.
2. O troféu é oco por dentro
Esta questão já foi motivo de especulação. O troféu da Copa do Mundo tem 36,5 cm de altura e é feito de ouro 18 quilates. O jornal britânico The Guardian, por exemplo, já consultou um professor de química da Nottingham University que deixou claro: se o troféu fosse de ouro maciço, pesaria 70 kg. Seria pesado demais para os jogadores levantarem sobre suas cabeças. A estimativa aconteceu em 2014; hoje, a FIFA deixa claro: o troféu é oco por dentro.
Ele é feito de 6 kg de ouro e tem uma base circular de 13 cm de diâmetro, feita com duas camadas de uma pedra verde chamada malaquita. A réplica que os campeões mundiais recebem é quase idêntica ao troféu original: é feita de bronze, banhada a ouro e tem o nome do país campeão gravado na base.
3. O troféu já foi roubado. Mais de uma vez.
Eis um bom motivo para a FIFA tomar tanto cuidado com o troféu. Primeiro, ele desapareceu na Inglaterra, quatro meses antes do início da Copa de 1966. Era a primeira vez que o berço do esporte sediava o evento.
Na época, Edward Betchley (adotando um nome falso, Jackson) afirmou ter o troféu em mãos e exigiu 15 mil libras às autoridades inglesas pela devolução. Depois de cenas clichês de perseguição policial, com direito a Jackson pulando de um carro em movimento enquanto tentava escapar de uma emboscada, o ladrão foi preso. Mas a taça só apareceu uma semana depois.
Quem encontrou o troféu e virou celebridade foi… Pickles, um border collie preto e branco. Ele passeava com seu dono, o barqueiro David Corbett, quando farejou um pacote em uma cabine telefônica. David obedeceu a curiosidade do cachorro, xeretou o embrulho e… lá estava ela: a taça que seria entregue mais tarde, naquele ano, à seleção da Inglaterra.
O segundo roubo aconteceu em 1983, quando o troféu estava na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro. Desta vez, ele desapareceu para valer e nunca foi recuperado – acredita-se que virou barras de ouro.
4. O troféu atual surgiu em 1974
Esta curiosidade é para os mais novos ou para quem não entende tanto assim de futebol (como a repórter que vos fala). Os dois troféus roubados não eram como o troféu atual. Eram o Troféu Jules Rimet, desenhado pelo escultor francês Abel Lafleur para a primeira edição da Copa do Mundo, que aconteceu no Uruguai em 1930.
Como você pode ver na imagem abaixo, era uma estatueta de ouro da deusa grega da vitória (Nike, como a marca) segurando uma taça sobre a cabeça. Era um troféu de prata banhado a ouro, com uma base feita de lápis-lazúli. Tinha 35 cm de altura, pesava 3,8 kg e era inspirado na estátua grega Vitória de Samotrácia, que está no Museu do Louvre (Paris).
A princípio, o troféu chamava-se simplesmente Vitória. Em 1946, foi rebatizado de Troféu Jules Rimet, em homenagem ao terceiro presidente da FIFA, que deu os primeiros passos para a realização do campeonato mundial de futebol.
O design mudou em 1974, porque o Brasil recebeu o Jules Rimet permanentemente depois de vencer a Copa do Mundo pela terceira vez em 1970. O que restou do troféu original após o roubo na Cidade Maravilhosa foi a primeira base do prêmio, trocada em 1954 por uma maior – com mais espaço para se gravar os nomes dos campeões do futebol a cada Copa.
A cara atual do troféu, com duas pessoas segurando o globo terrestre acima da cabeça, foi desenhada pelo italiano Silvio Gazzaniga.
5. Protagoniza a foto mais curtida do Instagram
Agora, o maior prêmio do maior esporte coletivo do mundo protagoniza a foto mais curtida da história do Instagram. A publicação é de Lionel Messi, que postou uma foto segurando a taça da Copa do Mundo após vencer o campeonato no Catar.
Até o momento de publicação deste texto, a foto acumulava mais de 65 milhões de curtidas na rede social. Assim, o jogador argentino ultrapassou as 57 milhões de curtidas da foto de um ovo, publicada por uma conta que tinha o único objetivo de quebrar o recorde anterior (18 milhões de curtidas em uma foto da celebridade Kylie Jenner).
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