Lacey Buchanan, uma advogada do Tennessee, nos Estados Unidos, usa as redes sociais para contar a história de seu filho, Christian Buchanan. O menino de 11 anos nasceu sem os olhos e com diversas fissuras faciais devido à síndrome da banda amniótica.
A advogada luta contra o capacitismo – a discriminação e o preconceito contra pessoas com deficiência – compartilhando momentos felizes vividos em família e os aprendizados diários do menino.
Também conhecida como a síndrome da brisa amniótica, a condição rara faz com que pedaços de um tecido semelhante à bolsa amniótica se enrolem nos braços, pernas ou outros locais do corpo do feto em formação, impedindo o desenvolvimento dele durante a gestação.
Ela impossibilita que o sangue chegue corretamente nesses locais, resultando na má formação do bebê, como a falta de dedos, membros incompletos ou fissura labiopalatina, dependendo de onde a banda se posicionou.
Para Christian, a condição resultou em várias fissuras faciais afetando os olhos, lábios e nariz, além de atraso no desenvolvimento cognitivo. O menino passou por 12 cirurgias reconstrutivas desde o nascimento e deve precisar de outras durante o crescimento.
As complicações da síndrome fizeram com que Christian só falasse e andasse depois de completar três anos de idade. Ele continua a fazer sessões de fisioterapia e fonoaudiologia toda semana.
Segundo Lacey, o filho sabe que não é exatamente como as outras crianças, mas a família toma um cuidado extra para garantir que ele não torne essa diferença em um problema que influencie sua vida. Ele tem também o apoio do irmão Charlie, 9 anos, seu melhor amigo.
À medida que foi crescendo, o menino se adaptou à condição e se tornou cada vez mais capaz de realizar tarefas sozinho. Ele ama tocar violino e joga baseball na Miracle League, uma liga dos EUA para pessoas com deficiência. No último mês, a família Buchanan ganhou um novo integrante, o gatinho Iggy que, assim como Christian, nasceu sem um dos olhos.
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No entanto, Lacey conta que frequentemente recebe mensagens ofensivas de desconhecidos.
“Alguém comentou em um dos meus vídeos do TikTok que eu deveria tê-lo abortado e que não me preocupo com o sofrimento dele. Dependendo de como estou me sentindo, às vezes ignoro os trolls, mas na maioria das vezes, não. Eles não deveriam ter permissão para dizer coisas tão horríveis sem algum tipo de punição”, diz a advogada nas redes sociais.
Metrópoles