O Banco Central (BC) apresentou nesta segunda-feira, 4, através de seu relatório de gestão do Pix, levantamento do desempenho da ferramenta nos anos de 2020 a 2022 e informou que novas funcionalidades estão sendo desenvolvidas.
Dentre as inovações mais aguardadas, destaca-se o Pix Automático, programado para 2024, que permitirá pagamentos recorrentes automatizados. Com o usuário dando consentimento prévio, a ferramenta será capaz de realizar transações mensais sem necessidade de autenticação em cada ocasião. Espera-se que esta funcionalidade atenda demandas de empresas de serviços públicos, instituições de ensino, clubes de assinatura, serviços de streaming, seguradoras e diversos outros setores.
“O uso de novas tecnologias que tornam a experiência de pagamento ainda mais rápida pode ser benéfico principalmente em alguns casos de uso específicos, como pagamentos de pedágios em rodovias, estacionamentos e transporte público”, diz o Banco Central.
Além disso, para otimizar o fluxo de transações agendadas e evitar congestionamentos, o BC lançará, em outubro de 2023, um canal dedicado à transmissão de mensagens para pagamentos não prioritários.
O futuro do Pix também vislumbra avanços tecnológicos. Está em estudo a inclusão de métodos de pagamento que não necessitem de conexão à internet, isto é, offline. Neste caso, seriam empregadas tecnologias como NFC, RFID, bluetooth e biometria. Tais inovações têm o potencial de revolucionar setores específicos, como pedágios, estacionamentos e transporte público, beneficiando transações que hoje são limitadas pela falta de conectividade.
No âmbito internacional, o BC enfatizou que o Pix está se preparando para facilitar operações além-fronteiras, promovendo a integração com sistemas de pagamento de outros países. Isso permitirá transações mais ágeis e econômicas, abrangendo remessas, pagamentos entre empresas e aquisições internacionais.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, no mês anterior, posicionou o PIX como uma alternativa promissora ao cartão de crédito, especialmente diante das discussões sobre possíveis mudanças na estrutura tarifária do crédito rotativo.
Veja