Uma imagem vale mais do que mil palavras — e, em Mamanguape, uma imagem pode dizer muito mais do que qualquer discurso.
Entre os muitos registros do prestigiado almoço oferecido pelo ex-deputado Ariano Fernandes, no último fim de semana, em sua residência em Lucena, uma foto em especial chamou atenção: a matriarca da família, Dona Betinha, em conversa reservada com o prefeito de Mamanguape, Joaquim Fernandes, e a primeira-dama Marina Cavalcanti.
A imagem, simples à primeira vista, circulou com força nos grupos de WhatsApp da região. E não é por acaso. Dona Betinha não é apenas a mãe de Ariano e do saudoso Fábio Fernandes, ex-prefeito de Mamanguape falecido durante a pandemia de Covid-19 — ela é uma das figuras mais respeitadas da política local, com uma trajetória marcada por fé, tradição e sabedoria.
Mulher de fé profunda e de visão política aguçada, dona Betinha pertence a uma linhagem de serviço público. Seus familiares já ocuparam cadeiras na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. Viu os filhos trilharem caminhos importantes e sabe, como poucos, onde pisa quando o assunto é política regional.
O que será que disse ao prefeito Joaquim naquele instante capturado pelas lentes? Quais conselhos, advertências ou bênçãos foram trocados ali, entre os sorrisos contidos e os olhares atentos?
A resposta, claro, está no campo da especulação — e é justamente esse mistério que reforça a importância da cena. Há quem diga que dona Betinha, com sua experiência, compartilhou orientações sobre como conduzir os próximos passos da gestão em Mamanguape. Outros acreditam que ela apenas desejou bênçãos e força ao prefeito, num gesto maternal e institucional ao mesmo tempo.
O fato é que Dona Betinha segue sendo um nome forte no imaginário político da cidade. Mesmo sem ocupar cargos ou dar entrevistas, sua presença impõe respeito, inspira confiança e — como agora — movimenta os bastidores.
A política, afinal, também se faz de símbolos. E a imagem de uma matriarca aconselhando o líder político da cidade, cercada por aliados históricos da região, tem um peso que nenhuma legenda consegue explicar por completo.
Mamanguape viu, interpretou — e agora, aguarda.
Por: Napoleão Soares