Abrindo a programação da XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, desta terça-feira, 20 de maio, o primeiro painel cujo tema é “Autonomia municipal: a força que transforma o Brasil” contou com a condução do 2º vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e presidente da Associação Paulista de Municípios (APM), Frederico Guidoni, e com a participação do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
Ao falar aos mais de 14 mil participantes, Guidoni ressaltou os desafios enfrentados pelos Municípios de todo o país, além das principais pautas do movimento municipalista. “Dias de intenso trabalho onde vamos discutir temas fundamentais para o desenvolvimento das cidades do nosso país: Saúde, Educação, mas em especial temas mais sensíveis, importantes e atuais, como a PEC 66. Uma luta unida para a aprovação de um tema tão importante que aflige e afeta cada um dos gestores municipais do nosso país”, disse.
O governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado, ressaltou a necessidade da autonomia municipal. Com experiência em mandatos como deputado federal, senador e agora concluindo o segundo mandato como governador, destacou que entre o discurso e a prática existe uma diferença enorme. “É preciso governar diretamente com as prefeitas e prefeitos. Fazemos políticas em termos de habitação, principalmente em cidades com menos habitantes, trabalhos voltados à educação, construção em saúde”, apontou Caiado.
Logo após, o governador do Estado de Minas Gerais, Romeu Zema, enalteceu o trabalho realizado pelos prefeitos e pelas prefeitas à frente da gestão municipal. “Quem toma conhecimento, decide melhor ou pior, tenho certeza que é melhor. Vocês, prefeitos, estão na linha de frente, mas quem administra um Estado e um país muitas vezes cai na armadilha do gabinete, porque é muito mais fácil ficar dentro do gabinete tomando cafezinho do que pegar o carro, enfrentar estrada de terra, sol quente e estar em campo.”
Já o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, enalteceu que os prefeitos e as prefeitas conhecem as dores dos munícipes e, por isso, precisam ter autonomia. “O Brasil é feito da soma das partes e isso faz toda a diferença. E nós precisamos invocar a maior autonomia para os Municípios, para os Estados, porque infelizmente vivemos no Brasil, ainda, […] o poder concentrado na União, que lança obrigações para os demais Entes, serviços subfinanciados nos quais os demais Entes precisam colocar recursos com essas obrigações e isso está errado”, completou.
A governadora do Pernambuco, Raquel Lyra, lembrou quando foi gestora municipal e os desafios de governar um Município. “Temos um grande desafio em nosso país e em nossas regiões, o combate à desigualdade social e regional é a grande bandeira. Falo também como mulher no espaço de poder, estamos aqui para falar de esperança. Fui prefeita por dois mandatos, enfrentamos desafios do século passado. Portanto, estamos aqui para ressaltar o municipalismo”, finalizou.
CNM
