Candidato a presidente em 2022, o tucano João Doria estabeleceu a estratégia de se distanciar de Jair Bolsonaro a cada dia. Criador do movimento “Bolsodoria” em 2018, ele voltou a repetir o mantra de que nunca teve “alinhamento político” ao governo Bolsonaro, e sempre que pode bate duro em temas pessoalmente caros ao presidente, como na polêmica em que preferiu se solidarizar ao presidente nacional da OAB. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O governador também se juntou aos críticos da indicação de Eduardo Bolsonaro à embaixada em Washington. “Eu jamais faria isso”, disse.
Em público, Doria evita pegar pesado, mas, em particular, ele bate de maneira tão contundente quanto qualquer anti-bolsonarista ferrenho.
A estratégia de Doria, confirmada por aliados, é radicalizar após as eleições de 2020. Até lá, críticas serão “firmes, porém em tom elevado”.
A ideia dos que ajudam na estratégia é que Doria chegue a 2022 com discurso anti-Bolsonaro mais radical que qualquer líder de esquerda.
Diário do Poder