O desembargador Luciano Carrasco Falavinha, relator das ações movidas pelo PL e pela federação do PT, PCdoB e PV contra o senador Sergio Moro (União Brasil) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), votou contra a cassação do ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro no governo de Jair Bolsonaro.
O julgamento de Moro iniciou nesta segunda-feira (1º) com o voto do relator. O tribunal agendou mais duas sessões – na quarta-feira (3) e na segunda-feira (8) – para a conclusão da leitura dos votos dos demais desembargadores.
As acusações contra Moro envolvem supostos gastos irregulares durante o período de pré-campanha em 2022. O PT e o PL alegam abuso de poder econômico, argumentando que houve uso excessivo de recursos financeiros antes da campanha eleitoral oficial.
No entendimento do Ministério Público Eleitoral (MPE) do Paraná, os gastos realizados pelo ex-ministro em eventos de filiação ao Podemos e na contratação de produção de vídeos e consultorias ultrapassaram os limites legais.
A defesa de Moro negou as irregularidades, destacando que as acusações possuem motivação política. Segundo a defesa, os gastos de pré-campanha à Presidência não podem ser considerados na campanha para o Senado, uma vez que são cargos com âmbitos eleitorais distintos.
Caso a cassação do mandato de Sergio Moro seja confirmada, caberá recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília. Se a condenação for mantida, novas eleições para o Senado deverão ser convocadas no Paraná.
O POVO PB