O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou nas redes sociais a morte de Lázaro Barbosa, de 32 anos, em uma ação policial hoje após ser procurado durante 20 dias pela polícia por crimes cometidos no Distrito Federal e em Goiás.
“Lázaro: CPF cancelado!”, escreveu Bolsonaro em seu perfil no Twitter. A expressão é comumente utilizada no meio policial para se referir a execuções ou mortes.
Em outra postagem, parabenizou os agentes envolvidos na operação. “Parabéns aos heróis da PM-GO por darem fim ao terror praticado pelo marginal Lazaro, que humilhou e assassinou homens e mulheres a sangue frio. O Brasil agradece! Menos um para amedrontar as famílias de bem. Suas vítimas, sim, não tiveram uma segunda chance. Bom dia a todos!”, escreveu ele.
O uso de expressão “CPF cancelao” pelo presidente já foi criticado em outras ocasiões. Em abril deste ano, ele tirou uma foto ao lado do apresentador e apoiador político Sikêra Júnior, antes de uma entrevista.
Na imagem, os dois seguravam um CPF com uma faixa vermelha escrita “cancelado”. A foto gerou criticas de vários parlamentares da oposição.
Ao longo dos 20 dias de buscas por Lázaro, Bolsonaro comentou pouco sobre o caso. Em um vídeo publicado em seu perfil no Twitter em 19 de junho, ele enviou uma mensagem aos policiais envolvidos na operação para encontrar Lázaro e afirmou que “brevemente o Lázaro estará no mínimo atrás das grades”.
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública) o trabalho de buscas a Lázaro mobilizou mais de 270 agentes das forças envolvidas. Entre elas, as Polícias Civil e Militar de Goiás e do Distrito Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DF) e Corpo de Bombeiros Militar.
As buscas começaram no dia 9 de junho, após a chacina de uma família em Ceilândia (DF). Ele fugiu se escondendo na mata e passou por várias fazendas na cidade de Cocalzinho de Goiás (GO). Durante as buscas, o fugitivo trocou tiros com policiais, fez três pessoas reféns e baleou outras quatro, entre elas, um policial militar. Nesse período, a força-tarefa recebeu cerca de 5,3 mil informações no disk-denúncia sobre o caso.
Lázaro é investigado por mais de 30 crimes, cometidos em Goiás, Bahia e Distrito Federal. A maioria dos casos é referente a crimes de latrocínio (roubo seguido de morte). Ele já possui uma condenação por homicídio, na Bahia, e era também procurado por crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo.
UOL