Em discurso na tribuna do Senado nesta terça-feira (06), o senador André Amaral (União-PB) saiu em defesa dos criadores nordestinos de camarão e criticou o Equador pela prática de “dumping” no setor.
O país vizinho é o 2º maior exportador do crustáceo no mundo e iniciou a conduta ilegal de exportação depois que a China suspendeu a importação equatoriana por identificar irregularidades sanitárias em alguns lotes do produto, fazendo com que a superprodução do Equador fosse escoada para outros países, incluindo o Brasil. Somente em 2023, de um total de 880 toneladas de camarão que importamos, o Equador nos forneceu 740 toneladas, que foram consumidas, sobretudo, nos Estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rondônia.
Amaral fez um apelo aos colegas senadores para o enfretamento dessas práticas ilegais que ameaçam a carcinicultura brasileira e colocam em risco também a saúde dos consumidores nacionais, visto que China, México e até Estados Unidos já fecharam seus mercados para o camarão equatoriano por questões sanitárias.
“Precisamos exigir iniciativas concretas e efetivas, a serem tomadas pelo Ministério da Pesca e da Aquicultura, e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, o Mapa, para proteger nossos carcinicultores. Queremos a adoção de medidas e políticas protetivas para toda a cadeia produtiva aquícola”, ressaltou Amaral, concluindo “Só assim, beneficiaremos nossos produtores e zelaremos pela saúde dos consumidores brasileiros”, alertou o parlamentar paraibano, destacando que seu estado é o 3º maior produtor do país, atrás apenas do Rio Grande do Norte e do Ceará, 2º e 1º respectivamente.
Assessoria