Em tempos de partidos rachados e alianças frágeis, há quem ainda consiga reunir, no mesmo salão, os polos mais improváveis da política paraibana. Adriano Galdino conseguiu. Seu aniversário, em Campina Grande, virou uma espécie de termômetro do que vem por aí em 2026 — e, ao mesmo tempo, uma vitrine de sua habilidade em equilibrar forças opostas sem se queimar no fogo cruzado.
Governistas e oposicionistas circularam pelo evento como quem disputa espaço na foto oficial. Cássio, Veneziano, Romero e Cícero marcaram presença cedo. Lucas Ribeiro, Hugo Motta e secretários chegaram depois. Cada grupo teve seu momento com o presidente da Assembleia, que, mais uma vez, preferiu falar pouco e deixar que as imagens dissessem por ele. Para alguns foi uma decepção, para outros, Galdino soube “jogar” bem.
Galdino saiu da festa como entrou: no centro das atenções e com todos querendo um pedaço do bolo — não apenas o de aniversário, mas o simbólico, o da aliança política. Em meio a tantas divisões, ele se tornou uma espécie de cereja no topo do tabuleiro, o elemento que todo grupo quer para completar sua receita de poder.
Afinal, quem ficará com o primeiro pedaço?
Por: Napoleão Soares







