Alagoas está na “zona de rebaixamento” da qualidade dos gastos públicos entre os estados brasileiros, de acordo com o Ranking de Eficiência dos Estados (REE-F), lançado pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo instituto Datafolha. A análise mostra Alagoas como o mais ineficiente nos gastos com o ensino público e classificado entre os sete estados que mantêm a pior relação entre o volume de recursos financeiros gastos e a entrega efetiva dos serviços públicos de educação, saúde, infraestrutura e segurança pública à população.
A avaliação da eficiência no cumprimento das funções básicas previstas em lei na gestão dos 26 estados traz Alagoas gastando muito e fazendo pouco, pontuando 0,3 no índice REE-F (numa escala de 0 a 1), abaixo da média de 0,393.
O índice resulta do cálculo de 17 variáveis agrupadas em 6 componentes e confronta o discurso de o alagoano estaria sendo beneficiado com a austeridade exaltada pelo atual governo de Renan Filho (MDB), que disputa a reeleição.
Quanto ao cumprimento de cada um dos serviços avaliados, Alagoas obteve o pior índice do Brasil com relação à eficiência entrega do ensino público, pontuando apenas 0,134 na educação, no REE-F. Nível bem abaixo da média nacional de 0,463 para a educação.
Enquanto as finanças, com REE-F de 0,701, e a infraestrutura, com 0,522 pontuam acima da média nacional, o governo do estado administrado pelo filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL) também se mostra ineficiente nos gastos na saúde, obtendo índice 0,362; e na segurança pública, com 0,502.
Aparecem mais bem posicionados os estados de Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Pernambuco e Espírito Santo, que gastam menos, por exemplo, para ter mais jovens na escola, médicos e leitos em hospitais, redes de água e esgoto, melhores rodovias e menores índices de violência.
O objetivo do REE-F é quantificar o cumprimento, pelos governos estaduais, de funções básicas e previstas em lei segundo seus recursos financeiros.
Veja o quadro geral: